Um maranhense de 42 anos está entre os 10 suspeitos de planejar ataques terroristas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ele foi preso pela Polícia Federal nos desobramentos da Operação Hashtag na noite desta quinta-feira (21), na cidade de Amparo, interior de São Paulo, onde trabalhava como garçom em um restaurante.
Segundo a Polícia Federal, o maranhense foi levado para o presídio de segurança máxima de Mato Grosso do Sul. A prisão é temporária, por 30 dias, mas pode ser prorrogada por igual período. A pena para quem executa ou planeja atos de terrorismo no Brasil varia de três a 15 anos de prisão.
Nascido em São Luís, o suspeito escreveu em seu blog na internet que se converteu ao islamismo há 13 anos. Ele morou em um bairro da periferia da capital maranhense e, segundo vizinhos, era reservado e ouvia músicas árabes em volume alto.
Também na internet, o suspeito se dizia fundador da Sociedade Islâmica do Maranhão. No blog, ele constantemente fazia apologia ao terrorismo e ostentava a bandeira negra utilizada por integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico, responsável por diversos ataques terroristas pelo mundo.
Em uma das postagens, com o título “Estado Islâmico – Uma História de Amor”, o maranhense narra a história de um casal em que o marido morreu em um ataque terrorista. Segundo a história, o casal planejava se encontrar depois de morto.
Em um perfil de Facebook que não está mais no ar, o suspeito chegou a postar que todos cristãos são alvos legítimos. Em um outro site islâmico, o maranhense escreveu em inglês que está vivo para ser um “kamikaze”, uma referência aos pilotos japoneses que agiam em missão suicida durante a segunda guerra mundial.
Também escreveu na postagem “Allahu Akbar”, que significa em tradução livre “Deus é Grande”. O suspeito afirmou, ainda, que fazia parte da Resistência Islâmica do Brasil – que tem no símbolo um lápis e um fuzil cruzados.
A Polícia Federal diz que havia indícios de que todos os 10 presos na operação desta quinta-feira estavam ligados ao grupo terrorista Estado Islâmico e planejavam comprar armas, o que pode indicar que estavam organizando ataques terroristas para o período das Olimpíadas no Rio de Janeiro.
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