Bloco do Baleiro e a polêmica no Carnaval
Tenho ouvido e lido muitas críticas por conta da realização, neste Carnaval do Bloco do Baleiro que sairá na terça-feira gorda de Carnaval, sob o comando do cantor e compositor Zeca Baleiro.
Além dos convidados já anunciados de Zeca Baleiro, o paraibano Chico César e a paraense Fafá de Belém, e os DJs Ademar Danilo e Jorge Choairy, nomes locais foram confirmados, engrossando o caldo: a dupla Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões), Tião Carvalho, Patativa, Juca do Cavaco e Luiz Cláudio.
Com tanta gente boa junto, o Bloco do Baleiro abriu logo uma grande polêmica com críticas mais variadas.
Não sou dono da verdade, mas sinceramente não vejo motivo para tanta choradeira. Reclamam do cachê que entendem ser alto, reclamam das atrações e convidados, enfim, reclamam de tudo.
Mas uma coisa precisa ser dita, Zeca Baleiro é daqui, e portanto, a sua participação no Carnaval paga ou não com dinheiro público é legítima e vai garantir a participação de qualquer um de nós, desde que esteja vestindo a sua fantasia.
O que sempre digo é que não vejo o Carnaval do Maranhão sem as suas grandes atrações, por exemplo Alcione e Bicho Terra não podem ficar fora de nenhum circuito oficial da Prefeitura de São Luís e Governo do Maranhão, a menos que não queiram participar. Qual lugar neste país que pode pensar em um grande Carnaval sem a presença das suas grandes atrações?
Numa festa tão popular como é o Carnaval, o poder público tem a obrigação de oferecer condições a todos os artistas, os mais conhecidos como Zeca Baleiro, Alcione e Bicho Terra, como aqueles que trabalham em função do Carnaval, mas é claro que é impossível tratamento igual a partir, por exemplo do valor do cachê.
Ë claro que alguns ganharão sempre mais. O que não pode deixar de existir é a participação de todos numa festa que é de todos.
Acredito que o Bloco do Baleiro tem tudo para dar a sua contribuição ao Carnaval maranhense, como os demais artistas e brincadeiras também.
E que surjam outros blocos e que estes tenham o mesmo apoio do poder público ou da iniciativa privada – o Carnaval agradece.