Seria uma ameaça?
A reportagem exibida na edição de ontem, em O Imparcial põe mais lenha na fogueira no relacionamento entre os clubes e a Federação Maranhense de Futebol. Em tom de ameaça, o diretor técnico da FMF mandou um recado a quem pediu a sua cabeça ao presidente Alberto Ferreira.
Leia a reportagem do jornalista Lenno Edroaldo (25 de janeiro)
Meio que afastado nos últimos dias após grande parte dos clubes exigirem formalmente seu afastamento, o diretor-técnico da Federação Maranhense de Futebol (FMF), José Alberto de Moraes Rego, reagiu e de certa forma mandou um recado para os insatisfeitos. “Em minha função cobro a legalidade. Não posso compactuar com irregularidades que agora prefiro não dizer quais são. Somente na hora e no momento em que for necessário”, afirmou.
A declaração do dirigente é no mínimo curiosa, pois o motivo para que os clubes exijam sua saída da FMF seria um hipotético favorecimento ao Iape na hora da composição de tabelas do Estadual e Copa União, realizadas ano passado. “Isso é desculpa e falta de competência de quem fala isso. Como é que eu vou favorecer um clube que nem campeão foi do Maranhense?”, indagou. “Eles [clubes que assinaram documento entregue ao presidente da FMF, Alberto Ferreira] têm que dizer o motivo porque estão fazendo isso, porque até agora não está claro”, argumentou.
Apesar de acuado, Geografia, como ele também é conhecido, disse estar totalmente seguro sobre sua continuidade à frente da direção-técnica. “O cargo pertence à presidência da Federação e não aos clubes. Eu fui convidado para assumir o cargo e na hora que ele precisar eu saio, mas até agora tenho recebido apoio”.
Mas a parte mais séria das declarações dizem respeito a eventuais ilegalidades cometidas por aqueles que agora pedem sua saída. “Tem clube que não quer pagar arbitragem, tem outro que não quer apresentar borderô de seus jogos, tem uns que não querem colocar ambulâncias nos locais das partidas, outros que querem fazer jogos no interior com estádio que tem iluminação deficitária. E como na minha função tenho que cobrar isso, agora eles querem fazer esse tipo de retaliação”, disse. No entanto, o dirigente afirmou que denúncias mais sérias podem acontecer. “Não posso falar por enquanto, mas é uma série de irregularidades. Isso prefiro só falar na hora e se for necessário. O que não posso é concordar com elas”, completou.
Apesar da insistência da reportagem para que adiantasse algumas das mais graves irregularidades que são praticadas pelos clubes, Geografia preferiu guardá-las para divulgação na hora necessária. Por enquanto, apesar dos protestos, os clubes vão que “engolir” o diretor de futebol da FMF, cujo presidente, Alberto Ferreira, já disse que ele não sai.
Leia a reportagem do jornalista Lenno Edroaldo (26 de janeiro)
As declarações do diretor-técnico da Federação Maranhense de Futebol (FMF), José Alberto de Moraes Rego, de que alguns clubes locais cometem eventuais ilegalidades devem tomar uma repercussão ainda maior. Um inquérito no Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA) pode ser instaurado nos próximos dias para apurar as afirmações do dirigente.
Um torcedor ligou ontem para o presidente do TJD-MA, Antônio Américo, afirmando que fará, nas próximas horas, uma denúncia junto à procuradoria da entidade, solicitando a apuração do caso. “O Tribunal em si não poderia fazer isso de ofício, apenas quando for provocado. Mas esse torcedor, que se identificou apenas por Jorge, disse que vai ao Tribunal formalizar uma denúncia. Se isto acontecer mesmo, será apurada”, afirmou Américo.
O presidente também disse que deve reforçar o pedido do torcedor junto à procuradoria do Tribunal. “A procuradoria tem obrigação de fazer isso, até porque o torcedor é uma peça importante do esporte.”
Na edição de ontem Geografia disse a O IMPARCIAL que alguns clubes, eventualmente cometem algumas irregularidades e que por isso não poderiam exigir sua saída da FMF. “Tem clube que não quer pagar arbitragem, tem outro que não quer apresentar borderô de seus jogos, tem uns que não querem colocar ambulâncias nos locais das partidas, outros que querem fazer jogos no interior com estádio que tem iluminação deficitária. E como na minha função tenho que cobrar isso, agora eles querem fazer esse tipo de retaliação”, disse.
No entanto, o dirigente afirmou que denúncias mais sérias podem acontecer. Apesar da insistência da reportagem para que adiantasse algumas das mais graves irregularidades que são praticadas pelos clubes, Geografia preferiu guardá-las para divulgação na hora necessária “Não posso falar por enquanto, mas é uma série de irregularidades. Isso prefiro só falar na hora e se for necessário. O que não posso é concordar com elas”, completou.
A ameaça feita ontem por Geografia repercutiu negativamente em meio aos clubes, que nas próximas horas deverão manifestar oficialmente suas posições acerca das declarações, que colocaram ainda mais “lenha na fogueira” da exigência da saída do dirigente do gerenciamento do futebol maranhense.