O deputado federal Hildo Rocha tem agora mais uma desafiadora missão: o parlamentar maranhense foi eleito secretário-geral da Frente Parlamentar que foi criada com o objetivo de fortalecer, desenvolver e defender os interesses do setor espacial no âmbito do território nacional. A Frente também funcionará como um canal de diálogo entre Congresso Nacional, diversos atores da área espacial e a sociedade.
“Nós temos que trabalhar com afinco a fim de recuperarmos o tempo perdido. É inadmissível que tantos anos tenham se passado sem que o Brasil avançasse nessa área mesmo dispondo de excelente infraestrutura que é o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). No ano passado nós conseguimos consolidar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), com os EUA. Agora, as janelas de oportunidades começam a surgir, mas é preciso estímulo, é necessário o apoio estatal e o Congresso Nacional tem a obrigação de dar a sua indispensável contribuição”, destacou Hildo Rocha.
O deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), presidente da Frente, destacou que o nível de desenvolvimento e a autonomia tecnológica de um país contribuem para o fortalecimento de sua soberania e maior crescimento econômico e social.
“O espaço é um ativo considerado estratégico e com potencial foco de investimentos, a tecnologia espacial tem como característica a transversalidade, isto é, perpassa quase todas os setores econômicos de um país, contribuindo para a geração de valor e renda em distintas áreas”, argumentou Freitas.
Nova fase
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, ressaltou que a instalação da Frente Parlamentar representa o início de uma nova fase do Brasil no setor espacial. “A Frente Parlamentar atuará como apoio fundamental para alcançarmos conquistas e oferecermos serviços que atendam às necessidades do cidadão. Vamos continuar sendo compradores ou vamos dar vazão à nossa tecnologia?”, questionou.
“A articulação de nascer como uma Frente Mista é uma grande oportunidade para o Brasil impulsionar esse programa, e mostrar a importância do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados Unidos, firmado em março do ano passado. Como o Brasil está preparado e precisa fortalecer o Programa Espacial Brasileiro (PEB), essa é a oportunidade para desenvolver a pesquisa, a indústria e a academia. É bonito observar como o Congresso Nacional está comprometido com a ciência e tecnologia e com a política espacial”, afirmou o ministro interino da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Júlio Semeghini.
Para o diretor de Política Espacial e Investimento Estratégico da AEB-MCTIC, Cristiano Augusto Trein, a construção e o lançamento da Frente mostraram a convergência de vontades entre os diversos atores do setor espacial, além de traduzir a necessidade de avançar na consolidação do Programa Espacial Brasileiro.
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