Aconteceu no plenário da Câmara Municipal de São Luís, na manhã desta quinta-feira, 19, audiência pública para debater sobre “Transtornos mentais e suicídio: problemas de saúde pública”, com representantes do Poder Público e da sociedade em geral.
A audiência pública, proposta por Bárbara Soeiro, aconteceu em consonância com o Setembro Amarelo, campanha iniciada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
A ideia do Setembro Amarelo é conscientizar a população e os profissionais de saúde para que reconheçam os sinais de risco e auxiliem no tratamento.
“O suicídio é um mal silencioso, que, neste exato momento, está sendo ensaiado nos lares de milhões e isso nos preocupa, precisamos que esse mal seja banido da sociedade. Mas é necessário falar sobre o que leva a essa ação, precisamos falar sobre depressão, ansiedade, bipolaridade, síndrome do pânico e outros transtornos desencadeadores de dores tão grandes, que fazem as pessoas acharem que tirar a vida é a solução” explica Bárbara Soeiro.
“É um problema endêmico. É desencadeada por outros transtornos, sendo a depressão um dos maiores deles, uma doença silenciosa, combater a desinformação é necessário, muitos casos são tratados como bobagem, preguiça ou falta de Deus”, disse Estevão Aragão, que por fim, lamentou a falta de mais politicas públicas.
A assistente social e diretora do ambulatório de saúde mental Farina, Edinice de Souza, trouxe um novo olhar para o debate, colocando fatores além da doença, avaliando desde a liberação do armamento à ampla discussão na questão de gêneros, que, levam a todos a refletir sobre comportamentos.
Para Edinice, trabalhar a questão da prevenção do suicídio é ir além do envolvimento de várias estâncias, como poder público, políticas públicas, igreja e escolas, é refletir o papel no meio de todas as ações e como podemos agir em prol da sociedade.
A audiência prosseguiu com o debate, buscando soluções e meios para prevenção e combate do avanço de casos de suicídio na cidade.
Compondo a mesa da audiência estavam: Estevão Aragão (PSDB), como presidente; Genival Alves (PRTB), como 1° secretário da presente sessão; Bárbara Soeiro (PSC), autora do requerimento que originou a audiência; Liana Cristina Martins Freire, coordenadora de saúde mental do município, representando a Prefeitura; Hamilton Raposo, médico psiquiatra da Secretária de Saúde – Semus; major Manoel Alves, subcomandante do Batalhão Escolar, representando o batalhão escola da PM; Marcelo Costa, diretor do CAPS álcool e drogas; Ricardo Vasconcelos Santos, psiquiatra da clínica Estância Bela Vista; tenente-coronel Cristiane Luna, psicóloga, representando o Comando-geral da Polícia Militar; Cláudia Castro, psicóloga da Superintendência de Educação Especial, representando a secretário de Educação; Floripes Pinto, coordenadora do serviço especializado para pessoas em situação de rua – Semcas; Edinice de Sousa Veras, diretora do ambulatório de Saúde Mental Farina.
Foto: Paulo Caruá