O deputado federal Aluisio Mendes (Pode) confirmou à coluna que ele vem recebendo novas denúncias e documentos que ajudam na apuração da denúncia feita pelo ex-delegado Thiago Bardal e delegado Ney Anderson Gaspar, que apontam que o secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, determinou interceptações telefônicas ilegais contra quatro desembargadores e seus familiares e contra políticos adversário do governo estadual.
O que Mendes vem recebendo de informações será reforçado também por depoimento de outros delegados que serão ouvidos pela Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados durante a vinda dos parlamentares ao Maranhão, que deverá acontecer logo após a volta do recesso.
Além disso, o caso também já chegou ao Senado e uma nova rodada de depoimento de Bardal e Ney Anderson deverá acontecer em Brasília. O pedido para ouvir o ex-delegado e o delegado foi feito pelo senador Roberto Rocha (PSDB), apontado como uma das vítimas da “arapongagem” no Sistema Guardião.
E enquanto o assunto vai tomando forma no Congresso, no Maranhão o secretário Jefferson Portela desistiu de se defender atacando os que fazem a denúncia contra ele. Portela tem preferido – provavelmente orientado para isso – ficar em silêncio.
Nem sobre o seu depoimento na Câmara, o gestor tem falado mais. Na verdade, não está claro se ele ainda irá à Comissão de Segurança da Câmara.
Silêncio
O governador Flávio Dino (PCdoB) também tem mantido silêncio sobre as denúncias, atendo-se apenas a destacar o trabalho de Jefferson Portela.
Dino não mostra inclinação para fazer o que foi sugerido na Comissão de Segurança: afastar Portela do cargo e determinar uma auditoria no Sistema Guardião.
Essa sugestão foi dada pelos deputados Aluisio Mendes e Edilázio Júnior (PSD) para assim encerrar a questão em torno das denúncias contra auxiliar de primeiro escalão de Dino.