Quatro deputados federais maranhense se manifestaram contrários ao veto do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) à medida provisória (MP) que garantiria a gratuidade para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares, nos voos domésticos.
O deputado federal Eduardo Braide destacou nas redes sociais que vai trabalhar pela derrubada do veto de Bolsonaro
“Lamentável o veto sobre o fim da cobrança das bagagens nos voos. Essa cobrança não fez os preços das passagens diminuírem. Nós iremos lutar para derrubar esse veto e beneficiar os consumidores que não aguentam mais tanto desrespeito”, afirmou Braide, que também se posicionou na Câmara Federal.
O deputado Pedro Lucas (PTB) classificou como erro grave a decisão de Bolsonaro.
“Foi um grande erro do presidente Jair Bolsonaro. Como liderança do meu partido vou vou fazer um apelo para que a própria bancada governista vote contra. O Congresso fez um grande gesto ao aprovar a medida provisória que ampliou de 20% para 100%, a participação do capital estrangeiro no mercado aéreo e por isso não vejo a questão da bagagem como motivo para que essas empresas não venham para o Brasil. Nós precisamos é valorizar o consumidor Brasileiro e acredito que os demais deputados também”, disse.
Segundo Edilázio Júnior (PSD), as empresas estão se aproveitando da situação.
“A grande questão é quanto ao argumento de que a cobrança de bagagem iria diminuir o preço da passagem, coisa que não vimos. Pelo contrário, o que a gente observa é um cartel entre as duas maiores empresas com os preços das passagens praticamente iguais e quem sofre é o consumidor. Como as companhias estão só tirando proveito e não se chegou ao entendimento sobre aquele passageiro de que iria viajar só com a bagagem de mão com um preço mais em conta, então sou contra a cobrança da bagagem”, afirmou.
O deputado Gil Cutrim questionou a quem interessaria o veto de Jair Bolsonaro.
“O veto à medida provisória aprovada pelo Congresso que determinava a proibição da cobrança do despacho de bagagens aéreas nos deixa com a pulga atrás da orelha. Afinal, se a decisão foi tomada por “razão de interesse público”, a pergunta que fica é: que público interessado seria esse? Pois a medida atinge apenas os que têm menos”, destacou Gil Cutrim.
Hoje cedo, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o assunto e explicou os motivos do seu veto.
“As empresas menores alegavam que seria um empecilho. Você faz as contas. Eu fiz uma conta para um avião com 200 pessoas, 20 quilos a mais para cada um, é um gasto a mais. O que acontece, eu sempre viajei sem mala no avião. Então, eu estaria pagando pelos outros. Com todo o respeito, quer fazer uma viagem e vai usar mais, vai levar mais de 10 quilos, acho que… Se quer levar mais de 10 quilos, pague, pô, sem problema nenhum”, afirmou.
Ainda não há previsão de quando a medida provisória será apreciada pelos congressistas em sessão conjunta da Câmara e do Senado. O relator dessa MP no Senado Federal é o senador Roberto Rocha (PSDB-MA).
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