O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão desta terça-feira (4), o requerimento de autoria do deputado estadual Adriano Sarney (PV) solicitando informações detalhadas do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís (SET), Luís Cláudio Siqueira, e da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, desembargadora Solange Cordeiro, sobre a eliminação da função de cobradores de ônibus em São Luís.
Segundo o deputado, existe a possibilidade de demissão de 3 mil de cobradores de ônibus, forçando dupla função e sobrecarga aos motoristas de transporte coletivo da região metropolitana de São Luís, onde já existem ônibus circulando sem cobradores em regime de teste.
“O argumento dos donos de empresas de ônibus de São Luís chega a ser ridículo. Eles dizem que com a modernização da frota e com a tecnologia não precisamos mais de cobradores nos ônibus. Isso parece uma piada. Quem conhece a frota da capital sabe muito bem que não existe nenhum tipo de preparo tecnológico para atender a população sem a figura do cobrador”, disse Adriano.
De acordo com o líder da oposição, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de São Luís, Isaías Castelo Branco, se omitiu e assinou uma ata que concorda com a demissão de 20% dos cobradores de ônibus.
“Se o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, seu Isaías do PCdoB, não defende a sua categoria e assina uma ata concordando com a demissão de cobradores, o que é que esse sujeito está fazendo como presidente de um sindicato que representa sua categoria?”, indagou o deputado.
O requerimento n° 304/2019 também será enviado a Isaías Castelo Branco. O documento solicita a relação exata de cobradores que serão diretamente atingidos pelo processo de automação dos ônibus da capital, bem como se existe e como funcionará o plano de capacitação e realocação desses funcionários a outros postos de trabalho e se estas empresas realmente vão conseguir absorver a demanda de pessoal.
Foto: Agência Assembleia
Valeu deputado Adriano! Além das possíveis demissões de milhares de cobradores, o motorista teria que exercer uma função que não é a dele. Sem dizer que uma possível dupla função trará ao motorista uma desatenção e o risco de um acidente.