O governador Flávio Dino (PCdoB) não perde qualquer oportunidade para fazer críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. A mais recente diz respeito à Reforma da Previdência. Dino foi às redes socais para chamar de desastrosa a proposta enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional.
Sem entrar no mérito dos pontos certos ou errados da proposta de Bolsonaro, o fato é que o presidente da República atendeu aos técnicos e especialistas que preveem o cofre da Previdência vazio em poucos anos, caso as atuais regras não sejam revistas.
Aqui no Maranhão, em 2015, as previsões para o Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa) já não eram das mais animadoras. Pelas regras atuais, o dinheiro do fundo não garantiria mais o pagamento dos inativos do Estado.
O que fez Flávio Dino? Nada que pudesse evitar esse problema. Pelo contrário: meteu a mão no dinheiro que estava aplicado em fundos para rendimentos e acelerou o esvaziamento do Fepa. Resultado: segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o fundo, em outubro, não terá mais dinheiro para pagar aposentados e pensionistas. Para que a folha de inativos seja mantida, o governo estadual terá de tirar dinheiro dos impostos.
Mesmo diante de um futuro bem próximo e com uma realidade muito complicada, o governador do Maranhão prefere se manter como pré-candidato à Presidência da República em 2022. Não age para evitar o pior, deixando os aposentados em uma situação que será desastrosa e, com certeza, bem pior do que a proposta do Governo Federal.