Deputados e senadores do MA comentam reforma
Deputados federais e senadores maranhenses se manifestaram sobre a proposta de Reforma da Previdência que foi entregue à Câmara dos Deputados pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (20).
Todos os parlamentares maranhenses foram procurados. Alguns se manifestaram por mensagem e outros nas redes sociais. Outros não responderam ao questionamento.
Veja o primeiro posicionamento da bancada do Maranhão:
Juscelino Filho (DEM)
“A reforma da previdência apresentada hoje pelo governo Bolsonaro é um pacote composto por distintas proposições legislativas e cada uma delas – conforme a natureza e o escopo – terá tramitação diferenciada ao longo do processo de discussão e aprovação. O tema é complexo e as propostas de mudança são amplas, profundas e impactantes. Mas, eu creio que as ideias do governo devem ter receptividade normal no parlamento, porque o país precisa corrigir os problemas que vêm se agravando há muito tempo. O Brasil não pode mais esperar, sob pena de comprometer ou até inviabilizar completamente o pagamento das atuais e das futuras aposentadorias.
Certamente teremos intensos debates na Câmara dos Deputados, que trarão contribuições de melhoria e de aperfeiçoamento. Estou convencido de que a reforma previdenciária é necessária e urgente, é um tema que acompanhei de perto principalmente durante todo o ano passado, como Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família. De minha parte, apoiarei tudo o que for de interesse do país, que seja justo e que ajude a melhorar a qualidade de vida das pessoas e das famílias.”
Eduardo Braide (PMN)
“O projeto precisa ser analisado e discutido com profundidade pelo Congresso. Mas estamos certos de um objetivo: somos contra qualquer retirada de direitos. E, por isso, só iremos aprovar os pontos que realmente beneficiem a população.”
Gil Cutrim (PDT)
“Ontem (19), tivemos uma reunião na sede do PDT para alinharmos o modelo da mudança previdenciária que pretendemos defender. Será preciso analisar ponto a ponto o projeto entregue hoje ao Congresso. A proposta do Governo tende a ser completamente desconexa da realidade da grande maioria dos brasileiros, sendo desproporcional para as camadas mais frágeis de nossa sociedade, e o peso disso cairá nas costas do trabalhador. Por esse motivo, defendo uma ampla análise no intuito de conter o máximo de danos a quem mais pode sofrer com a mudança, o trabalhador brasileiro.”
Pedro Lucas Fernandes (PTB)
“Estou em um alinhamento da bancada com a direção do partido.”
Márcio Jerry (PCdoB)
“Falei há pouco na tribuna da Câmara dos Deputados contestando a proposta de reforma da previdência apresentada pelo governo Bolsonaro. Uma proposta contra o povo brasileiro e a favor dos endinheirados e gananciosos do sistema financeiro. Não dá! Reforma propõe que idoso muito pobre espere os 70 anos por salário mínimo. Não podemos deixar que essa agressão seja aprovada no Congresso Nacional.”
Edilázio Júnior (PSD)
“Vou primeiro estudar o projeto.”
Hildo Rocha (MDB)
“Estive presente a convite do presidente Rodrigo Maia na recepção ao presidente da República Jair Bolsonaro no ato de entrega da proposta de emenda à constituição que reformula a previdência social brasileira. Entendo a necessidade e urgência dessa tão importante reforma, mas temo alguns dispositivos do texto que podem prejudicar os mais pobres. Estou estudando a PEC para contribuir com sua reformulação.”
Bira do Pindaré (PPS)
“Bolsonaro mentiu para a população. Ele disse na campanha que a Reforma Previdenciária proposta pelo Temer era criminosa, mas, hoje, apresentou para nós uma proposta que é muito pior. Não vamos permitir uma maldade dessa com o povo. Vai ter luta!”.
Zé Carlos (PT)
“Reforma da Previdência reduzirá valor de aposentadoria de mulheres e pensões de viúvos e órfãos.”
Rúbens Pereira Jr. (PCdoB)
“Estou avaliando o projeto”.
Pastor Gildenemyr (PMN)
“
O envio da PEC 6/2019, a chamada Reforma da Previdência, mostra que o Governo está honrando com os compromissos firmados com a nação. Sabemos que há uma urgência em apreciar esta matéria, visto a necessidade do país em realizar ajustes econômicos, para reaquecer a economia e pensar no futuro das próximas gerações.
É claro que faremos um intenso diálogo durante toda a tramitação da Proposta; nada será feito de forma impositiva. Nosso objetivo sempre será encontrar o equilíbrio, pensando no bem de toda a sociedade brasileira, para que não haja injustiças, principalmente com os mais pobres”.
Os deputados Josimar de Maranhãozinho (PR), Júnior Lourenço (PR), André Fufuca (PP) Cléber Verde (PRTB), Júnior Marreca Filho (Patriotas), João Marcelo (MDB) e Aluísio Mendes (Podemos) não se manifestaram
Senadores
Eliziane Gama (PPS)
“O Brasil precisa de tranquilidade para o debate sobre as reformas. Não precisamos do discurso histriônico e fake dos que querem protejer os que se aposentam mais cedo com valores mais altos, mas não podemos sequer ponderar penalizar o trabalhador(a) brasileiro com as reformas. Aumentar a idade da mulher do campo pra aposentadoria rural, igualando com o homem é não respeitar a dupla jornada de trabalho dessa mulher. É pesar a mão sobre os mais pobres.”
Weverton Rocha (PDT)
“A Reforma da Previdência não pode ser complexa ao ponto de serem criadas fórmulas que não possam ser decifradas e, amanhã, a mulher, o trabalhador rural, a professora possam ser penalizados por um sistema que só favorece quem está em cima na cadeia econômica.”
O senador Roberto Rochas (PSDB) não respondeu.
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados