Desde a primeira sentença aplicada pela Justiça Federal contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Flávio Dino tem apontado o dedo contra a magistratura e sugerido falta de isenção e inclinação política dos juízes nos processos.
Foi assim contra Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça; contra o Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF-4), quando confirmou a condenação de primeira instância de forma unânime e mandou o ex-presidente para a prisão; e na última semana, quando o petista foi novamente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Dino já chegou a classificar a primeira sentença contra o ex-presidente – proferida por Moro -, de “condenável, incorreta e desastrada”. Ele também afirmou na ocasião – numa entrevista a jornalistas concedida em Boston, em 2018 – que o processo judicial contra o petista estava sendo utilizado para “fins políticos”.
Depois disso, afirmou que Moro não tinha “as mínimas condições para julgar Lula”. Na ocasião da sentença unânime dos desembargadores do TRF-4, o comunista falou em “esoterismo judicial” e tripudiou da análise do processo feita pela Corte.
E na última semana apontou “inovação jurídica” sobre a decisão da juíza Gabriela Hardt, que condenou Lula a mais 12 anos e 11 meses de prisão.
Em todos os casos, uma assanhada arrogância, desrespeito à Justiça e tentativa de constrangimento aos magistrados.
Ex-juiz, Flávio Dino tem tentado, de todas as formas mostrar que há forte influência política dentro da magistratura. Tem sustentado uso político em todos os processos contra o ex-presidente.
Curioso isso, vindo, sobretudo, de um ex-juiz que abraçou a causa política.