O início dos trabalhos na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (4), marca também a institucionalização do Bloco Parlamentar de Oposição na Casa com um dos poucos – mas talvez o principal – focos de resistência ao governo Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão.
O comunista saiu com um grupo muito mais fortalecido e ainda maior das eleições de 2018. No Parlamento estadual, por exemplo, pelo menos no papel, a oposição se resumirá ao BPO – formado por PV e MDB, com cinco deputados – e ao deputado Wellington do Curso (PSDB). Todas as demais bancadas estarão alinhadas ao Palácio dos Leões.
Liderados pelo deputado estadual Adriano Sarney (PV), portanto, caberá aos poucos oposicionistas a hercúlea missão de encampar pautas de fiscalização e cobrança do governo Dino.
Como já se viu nos quatro anos do primeiro mandato do chefe do Executivo, não será tarefa fácil, já que os comunistas não hesitam em usar a força da máquina a seu favor nas votações em plenário.
Mas é a partir da postura dos não alinhados que se pode delinear um caminho aos que não concordam com as práticas do PCdoB no Maranhão.
Racha
A propósito do tamanho do grupo Flávio Dino (PCdoB), há quem acredite que o governador não consegue manter a paz entre aliados por muito tempo.
A base está efetivamente grande demais e, para os que advogam essa tese, em algum momento não será possível atender a tantos interesses.
E a consequência óbvia seria um racha.