A relação de entidades de classe com o governo do Estado causa estranheza. Associações e sindicatos que deveriam preservar interesses das categorias que representam estão trabalhando na contramão da lógica.
Este é o caso da Associação dos Magistrados do Maranhão (Amma), que decidiu não se pronunciar diante do decreto do governador Flávio Dino determinando o descumprimento de decisão judicial em caso de reajustes ou vantagens salariai para servidores do estado.
Mas essa não é a primeira vez que a associação decide, inicialmente, pelo silêncio. No caso da juíza Anelise Reginato, de Coroatá, a Amma demorou a se pronunciar, mesmo após a magistrada sofrer abertos ataques do governador Flávio Dino e de todos os seus aliados.
Reginato chegou a enviar expediente à associação se desvinculando, por acreditar não ter sido protegida pela entidade de classe que a representava. Só depois de muita pressão a Amma emitiu nota de repúdio.
E associação não está sozinha nesta postura pró-Dino. O sindicato dos professores estaduais, o Sinproessemma, também não se tem dado ao trabalho de defender os interesses dos docentes. Basta ver que não há pressão da entidade para que sejam reajustados os salários dos professores. E pior: o sindicato ainda faz propaganda do aumento somente da gratificação dos docentes que foi dada pelo governo.
No caso do Sinproessemma, não há o que se esperar de diferente, já que a entidade é comandada – há pelo menos duas décadas – por membros do PCdoB.
O sindsep e sindspen seguem no mesmo molde