Uma das surpresas nestas eleições, o médico e professor Yglésio Moisés, de 38 anos, eleito deputado estadual pelo PDT vai assumir uma das 42 vagas na Assembleia Legislativa do Maranhão, a partir de fevereiro de 2019.
Yglésio que em 2012 disputou a eleição para vereador de São Luís pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e foi o 24º deputado mais votado no Maranhão com 39.804 votos (1,22%).
“A meta inicial era de 35 mil votos, mas com a agudização do processo eleitoral, percebi que seria necessário esticar um pouco mais a votação, especialmente no interior para garantir uma posição mais confortável no ranking do Chapão”.
O pedetista disse que mesmo com a excelente votação, especialmente em São Luís onde foi o 5º mais votado com 12.018 votos (2,33%) não pensa em disputa para o executivo.
“Neste momento só penso em fazer um bom mandato, a altura da confiança depositada em nós. O que vai nos credenciar para o Executivo mais adiante, será a forma que construiremos as ações no legislativo. A ideia é uma plataforma moderna e de participação popular”, disse.
Yglésio destacou que neste primeiro mandato duas áreas deverão ter da sua parte maior atenção: saúde e educação.
“A minha ideia inicial é conciliar a defesa incansável do SUS, dos profissionais de saúde e dos pacientes a outras bandeiras, especialmente na área da Educação que é outro segmento que me chama atenção pelo fato de eu ser professor”.
Ele destacou que não abandonará os hospitais, consultórios e nem as salas de aulas e que conciliará tudo com muito trabalho no parlamento.
“Não será fácil. Foi a Medicina que me trouxe até esta vitória maiúscula e será a Medicina que me levará a vôos mais altos. Lembro todo dia que a atividade política pode ser passageira, mas que serei sempre médico, um bom médico”, apontou.
Governo Flávio Dino e voto em Fernando Haddad
Yglésio avaliou a gestão de Flávio Dino como uma gestão que mais acerta do que erra.
“Não sou um homem de romantismos e ufanismos em política. Analiso com olhar crítico e vejo mais 4 anos de um governo que não acertou sempre, mas que tem em sua essência um corpo de princípios voltados à coletividade, à superação de problemas crônicos como a miséria, o analfabetismo, a desassistência na Saúde e a violência. Um governo que, no cômputo geral, acerta mais do que erra. Por isso, o 65 teve meu voto e continua tendo a minha confiança”.
Para o 2º turno da eleição presidencial, o pedetista disse que votará em Fernando Haddad (PT) e se mostra preocupado com o aciramento de ânimos.
“Creio que a situação de acirramento de ânimos e convulsionamento social que enfrentamos neste período não será sanada com uma eventual eleição de Jair Bolsonaro. No mesmo diapasão, não creio que a instalação do petismo “puro sangue” na condução do país aliviará estas tensões. De toda forma, creio que a eleição do Fernando Haddad que a despeito de sua filiação, tem um perfil bem mais moderado, será uma alternativa menos traumática que uma eventual eleição de um ex-capitão e um vice que é general do Exército. Portanto, darei meu voto ao 13 como uma negação a tudo que Bolsonaro representa”, finalizou.
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