Abusos em série

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O governador Flávio Dino (PCdoB) e o seu grupo político são incorrigíveis. Dino e seu principal auxiliar no governo, jornalista Márcio Jerry, foram declarados inelegíveis pela juíza de Coroatá, Anelise Nogueira Reginato, por abuso de poder cometido nas eleições municipais em 2016. Como o recurso da decisão tem efeito suspensivo automático, ambos tiveram suas candidaturas deferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Mesmo assim, sobre os comunistas ainda recaem acusações de continuarem praticando abuso de poder do ponto de vista eleitoral.

É o que relata a Notícia de Fato protocolada pela coligação adversária, denunciando o caso ao Ministério Público e pedindo providências imediatas. Ex-juiz federal, Dino parece apostar no prestígio que demonstra ter em setores tradicionais do Judiciário e do Ministério Público. Isso explicaria a falta de preocupação com a série de representações e denúncias contra ele e seu grupo na Justiça Eleitoral, a maioria delas por suspeita de uso da máquina pública em benefício próprio.

O flagrante da conversa do secretário de Saúde, Carlos Lula, pressionando servidores da Saúde a estar em um evento de campanha de Flávio Dino, por exemplo, é um absurdo que deveria constar dos manuais mais rigorosos sobre condutas vedadas em período eleitoral. Há diversas denúncias de que a atitude do secretário se repete em todas as esferas do governo estadual. Carlos Lula afirmou que a “convocação” dos servidores ocorreu em uma conversa privada.

Privada em um grupo de WhatsApp, com centenas de pessoas? O fato é que a “conversa” poderá trazer dores de cabeça a Flávio Dino, da mesma forma que o caso de abuso em Coroatá, conforme julgou a juíza Anelise Reginato. E para o bem da Democracia, isso precisa ser reforçado.

Estado Maior

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