A parceria entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o presidenciável Ciro Gomes (PDT) em prol da pré-candidatura do deputado federal Weverton Rocha (PDT) ao Senado soa como uma rasteira simbólica ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem Dino defendia de forma fervorosa meses atrás.
Dino e Ciro subiram ontem no mesmo palanque, formalizaram aliança para as eleições 2018 e apoio ao pedetista Weverton, um dos nomes do comunista na chapa majoritária.
Não haveria nada de anormal no ato político, não fosse a crise criada pelo próprio governador no mês de maio, ocasião em que ele sugeriu ao PT a desistência da pré-candidatura de Lula à Presidência da República e uma união dos partidos de esquerda em favor do nome de Ciro. O posicionamento foi destacado em reportagem publicada no dia 8 daquele mês no portal do jornal Folha de S. Paulo.
Naquela oportunidade, o PT desautorizou Dino.
A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, declarou que o nome de Ciro não passaria “nem com reza” pelo partido.
Constrangido e com a imagem desgastada nacionalmente, Flávio Dino recuou no mês seguinte e criticou publicamente a prisão do ex-presidente da República em seu perfil em rede social.
Também passou a tratar Ciro de “amigo” a partir dali, em vez de pré-candidato a presidente.
Com o ato de ontem, contudo, fez renascer nos petistas a desconfiança a respeito de suas reais intenções ao elevar a voz, vez ou outra, em favor de Lula.
Esse Dino…
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