O tempo de televisão para os partidos políticos foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, como já esperado, o PT e MDB são os que terão mais tempo, ficando cada um com pouco mais de um minuto.
O tempo de propaganda eleitoral no rádio ou na televisão, para uma campanha eleitoral, é o que há de mais valor para cada legenda.
No Maranhão, essa valiosa moeda vale somente para o MDB e PSDB, partidos que terão candidatura própria a governador do estado. Só não vale para o PT, que poderá garantir ao governador Flávio Dino (PCdoB) quase a metade do tempo total que o comunista terá na campanha eleitoral deste ano.
Os petistas estão dando de graça a única arma que eles têm para o PCdoB, que se preocupa somente em garantir o DEM – que tem somente 19 segundos – dando, possivelmente, o espaço na chapa majoritária na vaga de vice-governador.
O PT maranhense tem ainda menos prestígio que o PDT, cujo tempo (18 segundos) nem deverá computar para a propaganda comunista. O partido fundado por Leonel Brizola já tem há meses a garantia de que uma das vagas de candidato ao Senado vem do PDT.
E o que resta para o PT? Só as velhas promessas de espaço na gestão sem que haja, realmente, qualquer garantia. Outra promessa dada é de garantir ampliação das bancadas do partido tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.
Mas para algo tão precioso, o que fica parecendo é que o PT pouco se valoriza. E Flávio Dino se aproveita da apatia dos membros do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Culpado
Parte dos petistas coloca culpa dessa falta de prestígio no presidente estadual da legenda, Augusto Lobato. Internamente no PT, Lobato é acusado de fazer o jogo a favor de Flávio Dino, em detrimento dos interesses do próprio partido. Medo de perder o pequeno espaço de assessor especial que tem no governo comunista, Augusto Lobato acaba se submetendo aos caprichos do governador.
Pobre PT que não aprende nunca, nunca, nunca.