O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) não poupou críticas ao Governo do Maranhão ao comentar sobre o Projeto de Lei nº 367 que, segundo ele estaria tirando muitas vantagens dos policiais, inclusive o benefício das diárias. O alvo de Cutrim foi o secretário de Segurança Jefferson Portela. (Clique aqui para ouvir).
“Isto aqui é um absurdo, um Secretário de Segurança querer tirar um direito, onde ele é policial também, querer tirar um direito do servidor. É uma irresponsabilidade. E leva ao governador e o governador muitas vezes não tem conhecimento, não tem às vezes tempo para analisar e há muitos erros ainda que com certeza devem passar”, afirmou.
Cutrim disse que Jefferson Portela está criando várias companhias em qualquer estrutura e sem efetivo.
“Estão sendo criadas algumas regionais, mas as regionais têm que ser criadas ali de acordo com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros nas regionais onde há integração. Criaram agora, lá em Cururupu, foi criado um Batalhão, um absurdo! O governador talvez tenha assinado, ou passou por aqui para a criação desse Batalhão, é um absurdo. Ali em Mirinzal foi criada uma Companhia Independente na última reforma quando eu fiz, quando foi feita na minha gestão, e não o governo. E ali foi criada uma Companhia Independente e agora criaram um Batalhão em Cururupu e isso é um absurdo”, acrescentou.
O deputado disse ainda em seu discurso que estão acabando com o Sistema de Segurança Pública e disse faltar profissionalismo a Jefferson Portela.
“Estão querendo acabar com o Sistema de Segurança Pública, que já acabaram! Um Batalhão tem que ter 3 Companhias Independentes e dois pelotões, no mínimo, são mais de 320 pessoas e em uma Companhia Independente são 90 pessoas. Quando criei, na minha gestão aqui, o Batalhão de Meio Ambiente, a Companhia Independente, depois se criou o Batalhão, mas até hoje não tem 100 homens no Batalhão de Meio Ambiente, então era para ter no mínimo 320 pessoas. Nós não podemos sair criando Companhias Independentes e Batalhões sem ter estrutura e nem efetivo. Não podemos… aqui no Corpo de Bombeiros só temos hoje mil e poucas pessoas. Estão criando muitas Companhias Independentes, mas e o efetivo? Não tem. E vai terminar, no final, comprometendo o trabalho da Instituição e em consequência o Governo do Estado. Falta de profissionalismo de quem está administrando o sistema de segurança pública”, finalizou.
Foto: JR Lisboa/Agência AL