Aos poucos, o discurso dos neoaliados do governador Flávio Dino (PCdoB) vai mudando. Desta vez, foi o presidente do DEM, deputado Juscelino Filho, que decidiu abrandar um pouco as condições que vinha estabelecendo para manter o partido na base de apoio do comunista.
Antes de receber a presidência do Fundo de Aposentadoria dos Servidores do Estado (Fepa), Juscelino Filho colocava como condição somente o espaço na chapa majoritária, para o deputado Zé Reinaldo Tavares ser candidato a senador.
Alguns cargos depois, Juscelino diminui suas intenções e agora diz que o DEM terá espaço na chapa majoritária, sim, mas sem necessariamente ser Zé Reinaldo, que oficialmente ainda não se filiou ao Democratas.
Pelo andar da carruagem, o presidente do DEM deverá repetir a decisão tomada pelo PDT em 2014, quando já tinha a vaga de candidato a vice-governador na chapa do comunista. Na ocasião, o PDT foi preterido e a vaga de vice ficou com o PSDB.
E assim como faz Juscelino Filho, o deputado Weverton Rocha chegou a pressionar, trouxe o presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, mas no fim, para ficar com Dino, os pedetistas tiveram que se contentar com mais alguns espaços prometidos no governo comunista.
Descartado I
Pelo que vem dizendo Juscelino Filho após ganhar a presidência do Fepa, o deputado Zé Reinaldo Tavares agora não é mais o plano A do DEM. Esse descarte do deputado deve ser uma das exigências apresentadas pelo governador Flávio Dino aos democratas. Há muito se sabe que Dino anda afastado de Zé Reinaldo, considerado o padrinho político do comunista.
Descartado II
O próprio Flávio Dino, em entrevista, já havia dito que não acertou com o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, que daria espaço para Tavares ser candidato a senador. Segundo Dino, Maia somente comentou a respeito do interesse do seu partido em ter o deputado como candidato ao Senado. Ou seja, Flávio Dino já sugeriu que Zé Reinaldo não tem espaço garantido na chapa do comunista.