Vinte e dois casarões tombados como Patrimônio da Humanidade estão em alto risco de desabamento em São Luís, segundo a Defesa Civil. Atualmente o número é menor que o registrado em 2017, quando 24 tinham sérios comprometimento estrutural e também pessoas morando neles.
Segundo o comandante-adjunto da Defesa Civil Estadual, major Jairon Moura, exposições como queda de reboco, ferragens e até estruturais pode aumentar o risco de desabamento dos casarões na capital. “Exposição estrutural , queda de reboco, exposição de ferragens. Tudo aquilo que pode ser um prejuízo para da edificação. Nós indicamos junto ao Iphan aquilo que deve ser solucionado e cumprindo essa exigência ela sai do nível de alto risco”, explicou.
Mais de três mil casarões que estão no centro de São Luís são tombados como Patrimônio Histórico. Aproximadamente 10% deles pertencem ao poder público. A grande maioria é propriedade particular e são nesses imóveis que estão os maiores riscos.
O major Jairon Moura pontua que a maioria dos proprietários dos casarões na capital já foram notificados judicialmente para que adequem as exigências impostas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “A maioria está locado e, inclusive, muitos dos proprietários já foram notificados judicialmente para que tomem as medidas adequadas, cabíveis. No entanto, a gente tem uma certa resistência em relação ao cumprimento dessas ordens”.
Sobre a situação dos casarões o Iphan informou que fiscaliza os imóveis tombados e orienta os responsáveis sobre as medidas necessárias para garantir a preservação do patrimônio e quando não são feitos os reparos, aplica as penalidades, que podem ser desde a cobrança de multas até processos na Justiça, que podem terminar com a perda do bem.