Flávio Dino paga R$ 20 milhões para MST
A denúncia foi feita nesta terça-feira (7) pela deputada Andrea Murad, que verificou ainda superfaturamento no processo de contratação da Fundação Sousândrade, cujo objeto é implementar a Jornada de Alfabetização no Maranhão – “Sim, Eu Posso!”, pedagogia que aplicada pelo MST. A parlamentar alertou sobre o uso do método pedagógico utilizado pelo Movimento Sem Terra para doutrinar politicamente os maranhenses.
“Não posso deixar de chamar atenção para o risco do uso dessa metodologia como pretexto para doutrinar jovens, adultos e idosos, já que o MST é um movimento responsável por esse ensino, com apoio da Fundação Sousândrade, dando aula aplicando método pedagógico cubano. Flávio Dino simplesmente decidiu entregar a educação do estado para o MST aplicar um plano pedagógico que, com a metodologia Cubana que vai resultar em um monte de militante doutrinado tanto do MST, como do PCdoB. Esse programa ‘Sim, Eu Posso!’ foi criado em Cuba, utilizado na década de 60 em tropas cubanas para erradicar o analfabetismo, idealizado dentro de um contexto de luta pelo poder político em Cuba, e agora em 2017 está sendo utilizado por Flávio Dino para iniciar sua doutrinação política e formar futuros militantes aqui no Maranhão”, alertou Andrea.
O contrato feito por dispensa de licitação inclui o fornecimento de serviços de infraestrutura e apoio logístico a 15 municípios que vão receber o projeto, custando mais de R$ 20 milhões de reais, com fortes indícios de superfaturamento.
“A licitação apresenta vários itens com valores acima dos preços praticados no mercado e até registrados pelo próprio estado. Há também fortes indícios de direcionamento da licitação. O processo de dispensa mostra que foram consultadas as entidades Fundação Sousândrade, FAPEAD e o instituto ISEC em 6 de abril, e a Sousândrade entregou a proposta no dia seguinte, ou seja, uma proposta de alta complexidade e de custo estimado de mais de R$ 20 milhões em menos de 24 horas. Onde consta mais de 100 itens como mão de obra, alimentação, passagens, material gráfico, locação de veículo, compra de equipamentos, compra de camisas e mochilas, material didático, entre outros, e fizeram tudo isso em menos de 24 horas. Muito suspeito”, denunciou Andrea.
De acordo com os documentos apurados pela parlamentar, consta o valor de um pen drive de 32 GB por R$ 80,00. Sendo que o governo já registrou esse mesmo item (n° 100/2016 CCL/UEMA) ao custo de R$ 34,00. A mesma constatação foi feita no item camisa em malha, ao custo unitário de R$ 15,00, o dobro do registrado em ata (n° 223/2017 CCL/SAF) de R$ 7,90, portanto, um valor 89,87% mais caro.
Foto: Nestor Bezerra