Em São Luís a estiagem de mais de 90 dias agravou o problema do abastecimento de água. Em bairros onde o racionamento acontecia em dias alternados, a falta de água tem sido um problema ainda mais grave.
De acordo com a pensionista Aridina Avelar, a água é essencial para as famílias e o abastecimento irregular dificulta a vida. “A gente vive um drama muito sério, porque a gente precisa da água diariamente e não temos”, declarou.
O reservatório do Batatã é o responsável pelo abastecimento de mais de 80 mil famílias, a maioria da região central de São Luís, mas atualmente opera com apenas 10% de sua capacidade.
Segundo o autônomo Robson Luís os moradores do Centro precisam usar ferrramentas para conseguir a água.“Aqui se não tiver bomba, o povo da Liberdade não tem água”, afirmou Robson.
Já o operário Eduardo Moraes precisa recorrer a água de poço para garantir a limpeza pessoal. “A gente trabalha o dia todinho e quando chega a noite para tomar banho temos que estar pedindo água de poço”, reclamou.
Uma solução estaria na conclusão das obras de duplicação do Sistema Italuís, que se arrastam há 5 anos. Atualmente o sistema atende a demanda de água de 450 mil pessoas em 60% dos bairros de São Luís. Orçada em 124 milhões de reais, a duplicação do Italuís aumentaria em 30% a capacidade atual do sistema, mas segue atrasada.
Em nota, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que até o fim do ano a duplicação do Sistema Italuís será inaugurada. Em relação ao reservatório do Batatã operando com apenas 10% da capacidade, a Caema informou que está fazendo manobras para manter o abastecimento na área central da cidade.