O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou o seu perfil no Twitter ontem, para antecipar o anúncio oficial que ocorrerá hoje, da realização de uma nova etapa do “Programa Mais Asfalto” na Região Metropolitana de São Luís. Ao anunciar, o comunista criticou, de forma indireta, prefeitos que administram municípios da Grande Ilha.
“O pacote da mobilidade na Ilha que vamos anunciar amanhã prioriza a recuperação de grandes avenidas e de vias Interbairros. Uma das avenidas que será recuperada pelo @GovernoMA será a Africanos. Também vamos recuperar a Estrada da Mata. Vamos também começar a pavimentação em bairros esquecidos, por exemplo, na região do Parque Vitoria e da Cidade Olímpica”, disse.
Ao apontar “bairros esquecidos”, o governador do Maranhão acabou atingindo pelo menos dois dos prefeitos aliados ao Palácio dos Leões.
Trata-se de Luis Fernando Silva (PSDB), de São José de Ribamar, e de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), de São Luís.
Luís Fernando foi eleito em 2016 prefeito da cidade balneária e está no primeiro ano de gestão. Já Edivaldo Holanda Júnior está, no segundo mandato consecutivo, à frente do Palácio La Ravardière. Ambos foram eleitos com o apoio de Flávio Dino.
Após enfatizar atuação do Governo do Estado em “bairros esquecidos”, Flávio Dino fez questão de ressaltar que cabe ao município realizar esse tipo de intervenção de infraestrutura.
“Lembramos que o Programa Mais Asfalto do @GovernoMA complementa a ação dos 217 municípios, aos quais compete a recuperação de vias urbanas”, salientou.
De volta
O Programa Mais Asfalto, anunciado ontem pelo governador Flávio Dino, retorna à capital depois de forte crítica da oposição e ações ajuizadas na Justiça Eleitoral.
Os deputados estaduais Eduardo Braide (PMN) e Alexandre Almeida (SD), candidatos a prefeito nos municípios de São Luís e Timon, respectivamente, nas eleições de 2016, ajuizaram ações na Justiça por suposto uso eleitoreiro do programa durante a disputa daquele pleito.
Tanto Braide quanto Almeida também denunciaram, no início do ano, a paralisação dos serviços do programa após as eleições de outubro do ano passado, o que, segundo os dois deputados, evidenciava o uso da máquina no pleito eleitoral.
A forte crise em torno do programa provocou a convocação do secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB), no mês de fevereiro, na Assembleia Legislativa.
Noleto foi submetido a uma sabatina dos deputados oposicionistas e se posicionou sobre o programa.
O secretário, contudo, se esquivou de graves denúncias, como a realização de uma obra de construção de uma praça na Lagoa da Jansen sem a realização de licitação e a nomeação de Eloy Weslem dos Santos Ribeiro para o cargo de chefe da assessoria jurídica da Sinfra, que estava – naquela oportunidade – com o registro da OAB cancelado desde 2004.
O Estado