A derrota no clássico para o Sampaio, nesse domingo, teve repercussão negativa não só nas quatro linhas para o Moto Club. Após o Superclássico, o técnico rubro-negro, Marcinho Guerreiro, teria sido xingado por um torcedor não identificado e, ainda nos arredores do Castelão, correu em busca do indivíduo.
A correria no estacionamento do Castelão trouxe tumulto e uma torcedora do Moto Club saiu ferida. A jornalista Marciene Botelho disse que, na busca pelo autor dos xingamentos, Marcinho acabou trombando nela, que teve que ir para um hospital com ferimentos pelo corpo. A torcedora conta ainda que o treinador motense não prestou nenhum tipo de socorro.
– O resultado disso foi que eu, que estava na calçada prestes a atravessar a rua e pegar meu carro pra ir embora com minha família, saí dalí direto pro hospital. Isso mesmo. Simplesmente o tal Marcinho (técnico do Moto) se atravessou na minha frente pra agredir o tal cara que o insultou, e simplesmente me empurrou com tudo barranco abaixo, e eu saí rolando e me acabando feito não sei nem o quê. Não sei como eu consegui soltar a mão do meu filho que por pouco tb não rolou barranco abaixo e consegui voltar a superfície. Gente eu fico me perguntando como é que uma pessoa pública que se diz, treinador de uma equipe esportiva do porte do Moto, onde não se vê incidências de briga, tumulto ou coisa parecida se presta a um papel desses? Perdendo ou ganhando, treinadores, massagistas, jogadores, comissão técnica e até o próprio presidente de qualquer time sabe que está sujeito a insultos, agressões verbais, palavrões de baixo calão em uma partida de campeonato. O que o Marcinho fez foi horrível, foi despreparo, foi feio. E pior, passar por mim, me ver naquele estado e simplesmente bater no meu ombro como se fossemos conhecidos e dizer apenas “desculpa aí, foi mal” e não prestar nenhum tipo de socorro, foi demais. Eu ensanguentada, toda ralada como se tivesse pulado uma cerca de arame farpado, cheia de espinho nas pernas e nos braços, tornozelo machucado e inchado, e o cara passa por mim e diz que foi mal? Gente, maior que minha dor física, é o meu descontentamento em ver o brilho do meu Papão se perder por um ‘treinador’ que não está preparado pra de fato assumir tamanha responsabilidade. Será que toda vez que um torcedor xingar ele, ele vai sair correndo atrás e atropelando quem tiver pelo caminho? E se for uma criança? – publicou a jornalista em uma rede social.
Nossa reportagem procurou o técnico do Moto Club, Marcinho Guerreiro. O treinador confirmou que correu atrás de um torcedor do Moto após ter sido xingado e também deu sua versão sobre o choque com a jornalista Marciene Botelho.
– O que aconteceu foi que eu estava indo para o estacionamento com minha família e esse torcedor já estava me xingando desde dentro do campo. É certo que torcedor pode xingar e eu sou acostumado com isso. Mas esse torcedor parecia que era pessoalmente. Ele me agrediu verbalmente várias vezes, eu, minha família ainda riu da minha cara. Então, eu não aguentei, meu filho também partiu para cima dele. A gente correu para cima dele e eu trombei nessa senhora. Caiu eu e ela. Mas nada de grave que eu tenha agredido ela. Foi isso que aconteceu. Um incidente. Eu tropecei e derrubei ela. Foi só isso. Estou tranquilo como minha consciência limpa. Eu sou um ser humano e não tenho sangue de barata. Sobre a senhora. Eu pedi desculpa para ela, para o irmão dela e tranquilo. Fui na mesma hora – disse o treinador.
O torcedor que teria feito os xingamento não foi identificado. A partida que antecipou o episódio foi realizada na tarde desse domingo, no Castelão e terminou com vitória do Sampaio por 1 a 0.
Sampaio e Moto Club voltam a se enfrentar nesta quinta-feira, novamente no Castelão. O Superclássico está marcado para às 20h15.
Foto: Weliandrei Campelo / Moto Club
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