O deputado estadual Sousa Neto (PROS) entrou, nesta quarta-feira (14), com um requerimento na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), solicitando informações do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela sobre as investigações do desaparecimento, há exatos 27 dias, do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa, ambos policiais militares lotados na 14ª Companhia Independente do Município de Buriticupu.
Sousa Neto voltou a cobrar providências por parte da cúpula da SSP e da Polícia Militar, para o caso. “Mais uma vez volto a esta tribuna para falar do desaparecimento de dois policiais militares que estavam de serviço na cidade de Buriticupu. Estamos aqui, agora de forma oficial, cobrando o secretário de Segurança Pública porque as famílias estão desesperadas”. Jefferson Portela terá um prazo de 10 dias para que se manifestar.
Na ocasião, o parlamentar leu o relato de um dos familiares dos pms, em que mostra o drama e o sofrimento em busca de respostas, e do silêncio e da omissão por parte das autoridades de Segurança. “Trago aqui, um apelo da ex-esposa do cabo César, em nome dos familiares, em que ela fala da angústia e do sofrimento vividos nas últimas semanas à espera de uma resposta sobre o paradeiro dos dois policiais. A população da cidade de Santa Inês, Buriticupu e região quer que o secretário de Segurança Pública junto com o Governador, tome uma iniciativa pelo menos para amenizar a dor dos filhos, pais e esposas desses dois policiais que sumiram”, disse.
“Cadê os Direitos Humanos? Cadê o Comando da Polícia Militar que não tem dado apoio a essas famílias? Estou cobrando, por meio de requerimento, explicações ao Secretário Jefferson Portela. Essa é a forma como a Polícia Militar do Maranhão, através do seu Secretário, trata seus policiais”, questionou o deputado.
Fortaleza dos Nogueiras – Durante sua fala, Sousa Neto destacou a situação caótica na Segurança do Governo Flávio Dino e o terror vivido pelos moradores de Fortaleza dos Nogueiras, na noite da última terça-feira (13), quando pelo menos 14 bandidos tentaram arrombar os caixas eletrônicos do Banco do Brasil naquela cidade. “Foram momentos de pânico e medo. Os assaltantes atiraram contra os prédios da delegacia e da companhia da PM Só para vocês terem uma ideia, até o prefeito eleito, Aliandro Passarinho, foi feito de refém e agredido pelo bando. Tocaram fogo no carro dele. Sabe por quê? Falta de efetivo policial”, criticou.
Foto: JR Lisboa/Agência AL