Luis Fernando dialoga com professores

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Luis Fernando participa de roda de debates do SINPROESEMMA e reafirma compromisso com a Educação
Luis Fernando participa de debates de professores e reafirma compromisso com a Educação

Atendendo ao convite do núcleo do SINPROESEMMA de São José de Ribamar, o prefeito eleito Luis Fernando Silva (PSDB) participou de uma manhã de diálogos com os educadores da rede pública municipal. O encontro aconteceu no último sábado, dia 18, no colégio Humberto de Campos. O objetivo do evento foi debater com a classe propostas para a melhoria do ensino oferecido pelo poder público municipal e a valorização dos profissionais da educação.

Segundo explicou a presidente do Núcelo Ribamarense, Ilza Maria Moraes Almeida, a rodada de conversas havia sido programada inicialmente para outubro, mas em virtude da agenda corrida de campanha do então candidato, não foi possível sua realização.

“Naquele momento ele (Luis Fernando) garantiu que estaria aqui depois da campanha para realizarmos este importante diálogo. E hoje, conforme prometido, ele está aqui”, lembrou a dirigente.

Luis Fernando agradeceu pelo convite e afirmou que sua gestão nos próximos quatros anos será pautada pela diretriz do permanente diálogo com os profissionais da educação. “Sempre trabalhei desta forma e assim vou continuar fazendo durante toda minha vida pública e em todas as áreas da administração municipal”, disse.

Para o prefeito eleito, além da recuperação de bens materiais, em prol do melhor desempenho da área, alguns valores precisam ser resgatados no município, tais como o respeito ás leis e à democracia e a participação efetiva da sociedade na elaboração e efetivação das políticas.

Na ocasião, ele lembrou dos seminários “Planeja – O cidadão Decidindo”, realizados pela Comissão Executiva Municipal,  no período pré-eleitoral, cujas propostas apresentadas pela sociedade ribamarense em vários setores estão embasando o seu plano de governo para administrar o município a partir de 1º de Janeiro.

“Fico muito feliz que a pauta que hoje estamos discutindo aqui está em plena consonância com as demandas apresentadas pela sociedade no Planeja Educação”, declarou Luis Fernando, que reafirmou ainda que sua presença na roda de debates com os profissionais é um gesto de compromisso de trabalhar de mãos dadas com os educadores, com vistas na recuperação da qualidade do ensino e na valorização dos profissionais.

Durante a participação dos professores, várias denúncias foram feitas sobre a destruição do setor nos últimos seis anos da atual gestão. Perda da qualidade da merenda escolar e falta dela em muitas escolas, desvalorização dos professores e até falta de diário de classe nas escolas foram algumas queixas registradas pelos educadores.

Foto: Divulgação

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O medo como intimidação

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Coluna do Sarney publicada em O Estado
Coluna do Sarney publicada em O Estado

Coluna do Sarney

Já citei muitas vezes o aforismo greco-romano de que “primeiro no mundo o medo criou Deus”. O medo é um sentimento que nos une aos animais e está relacionado com o conhecido e o desconhecido. Sabemos o que podemos sofrer e imaginamos o que podemos sofrer.

Com a vida social, o homem foi se libertando do medo. O Leviatã nos explica que o medo da morte leva o homem a buscar a paz que só a sociedade pode garantir. Mas à paz se opõe o desejo de poder. A busca de poder desequilibra a harmonia social e reintroduz o medo.

Se no começo o medo era simples – de animais, de fenômenos naturais ou do vizinho -, hoje, sem abandonar essas sensações atávicas, inclusive a visão do lobisomem e do bicho papão, ele tornou-se muito complexo. Sabemos que existe um arsenal nuclear que pode destruir, várias vezes, a vida sobre a terra; ou podemos ter o mesmo resultado se não formos capazes de reverter a marcha do aquecimento global – que Deus dê ao Trump o bom senso que ele não parece ter! E conhecemos as guerras, as mais midiáticas, como as da Síria e do Iraque, ou as mais escondidas, como a do Sudão do Sul, que tomam a forma do genocídio. E a fome, que tanta gente passa, e é outra maneira de morrer.

Quem não tem medo da violência, seja a das armas, que mantém o Brasil numa triste liderança mundial, e que chegou ao Maranhão com a sua brutalidade, seja a dos acidentes de trânsito, com a legião de vítimas aumentando agora pelo uso do smartphone? Ou de perder o emprego, de não poder ganhar o pão nosso de cada dia? Ou de ficar doente, e não ter socorro, tal é o estado de calamidade em que está a rede de saúde? E a ideia de aprender, da educação melhorar a vida das gentes, que vai por água abaixo?

Michel de Montaigne, que viveu em época de guerra de religiões, quando bastava uma suspeita para um massacre, escreveu um dos capítulos de seus Ensaios sobre o medo. Ele lembra que “aqueles que têm um medo forte de perder seus bens, de ser exilados, de ser subjugados, vivem em completa agonia, sem conseguir beber, comer e repousar, enquanto os pobres, os banidos, os criados vivem frequentemente em completa alegria. E tantas pessoas que, na impaciência causada pelo medo, se enforcaram, afogaram e precipitaram, nos ensinando que o medo é ainda mais insuportável que a morte.” E tem uma frase definitiva: “O de que tenho mais medo é do medo.”

É que o medo é escorregadio, ele se insinua nos espíritos e coloca as pessoas fora de si, capazes de fazer o que não fariam – contra o próximo e contra si mesmo. Voltando ao que Hobbes colocou no Leviatã, pior que o medo é o uso do medo como instrumento do poder.

No Maranhão hoje o medo é esse instrumento, utilizado politicamente. Todos têm medo: os comerciantes têm medo das fiscalizações dirigidas; os políticos têm medo das comissões de inquérito, semelhantes às da Inquisição, que levavam às fogueiras; os funcionários têm medo das ameaças e das demissões; cada cidadão tem medo de uma forma de perseguição. Uma denúncia aqui, uma demissão acolá, uma ameaça mais além, chantagens, pressões, insinuações, calúnias, difamações, falsidades… Tudo isso rasga a coesão social, rompe a vida das famílias, mina o futuro.

A ideologia semeia os dogmas – e ai daqueles que não acreditem. Hoje ela desapareceu, tornou-se retórica antiquada; só fez mal à humanidade. Nada fez mais medo, nem a guerra nuclear, que o regime encarnado em Stalin, que matou mais de 30 milhões de pessoas. Será que alguém pensa que o comunismo pode renascer no Maranhão?

Que saudade do medo simples de minha infância, quando – é minha primeira memória – eu e meus irmãos espiávamos, de detrás da porta, os índios que entravam na cidade em fila!

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