A divulgação do resultado da pesquisa Ibope/TV Mirante de intenções de votos em São Luís trouxe à tona, com mais força, uma debate que vinha sendo feito desde antes das convenções partidárias, sobre os efeitos da aliança entre a candidata Eliziane Gama (PPS), da coligação “São Luís de verdade”, e o ex-prefeito João Castelo (PSDB).
Os aliados que defendiam a importância de ter o tucano como aliado sempre argumentaram que ele tem votos cristalizados na capital, o que é verdade. Acreditando na tese de transferência desses votos, ressaltavam que, apesar da alta rejeição, o ex-prefeito levaria mais benefícios que problemas para a campanha da popular-socialista.
Eliziane já aparecia na casa dos 20% de intenções de votos mesmo antes da aliança com o PSDB. Até o seu partido decidir por indicar o vice da deputada federal, Castelo aparecia com algo em torno de 15% nesses levantamentos.
Mas da união entre eles, curiosamente, não surgiu uma candidata com mais de 30%.
Pelo contrário… Eliziane estagnou na casa do 20 pontos e, segundo o Ibope, agora começa a desidratar.
Para piorar, a rejeição da candidata só cresce.
O instituto Escutec, por exemplo, já havia detectado um aumento de 14 pontos no número de eleitores que declaram não votar nela de jeito nenhum (leia mais).
O Ibope mostrou situação pior: são 27% os eleitores que não querem Eliziane (veja ao lado).
O número, curiosamente, é exatamente igual à soma das rejeições da candidata do PPS (3,1%) e de João Castelo (23,9%) aferidas em abril, na última pesquisa Escutec em que os dois apareciam como opções.
Aparentemente, quanto mais gente sabe que Eliziane Gama está com João Castelo, mas gente a rejeita.