O primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Edilázio Júnior (PV), relatou hoje na tribuna da Casa, a decepção de eleitores do governador Flávio Dino (PCdoB) na região sul do estado.
Ele também fez críticas em relação à política econômica e financeira adotada pelo comunista e apontou o não cumprimento de promessas de campanha feitas por Dino em 2014.
“A base do governo falou aqui há pouco que o governador Flávio Dio ajuda todo mundo, que não persegue. Na verdade, ele não ajuda nem quem o ajudou. Passe o final de semana nos municípios da região sul do estado e o que mais ouvia era a pergunta se o governador Flávio Dino já havia tomado posse, porque ninguém sabe por lá se ele governa esse estado”, disse.
Edilázio também afirmou ter ido à Agrobalsas e disse ter constatado a queda do evento por falta de incentivos por parte do Governo do Estado.
“A feira teve uma queda de 35% nos negócios devido à falta de incentivo do Governo do Estado. Enquanto o presidente da República Michel Temer ajuda os estados dando anistia ao pagamento de dívidas públicas, Flávio Dino vai aumentando os impostos, vai tributando boa parte dos pecuaristas do nosso estado”, disse.
O deputado também recebeu grave denúncia de produtores de soja do estado, que consiste na perda de investimentos da ordem de R$ 500 mil por causa do Governo do Estado.
“Enquanto estive andando por lá um produtor me chamou a atenção para os blimps [balões infláveis flutuantes] com a marca do Governo. Eu perguntei logo se havia ocorrido que nem na Expoema 2015, quando Flávio Dino colocou propaganda e não pagou, ele me explicou o fato. ‘Não deputado. Nós, produtores, conseguimos um convênio com a ex-ministra Kátia Abreu, de R$ 500 mil’. Só que esse convênio é firmado via Governo. Simplesmente o Governo do Estado perdeu o convênio e o dinheiro não veio. É um Governo incompetente”, completou.
Edilázio disse que irá cobrar informações da Secretaria de Estado do Planejamento e da Secretaria de Estado da Agricultura e da Indústria e Comércio, para saber se houve algum patrocínio do Estado, uma vez que havia publicidade da pasta do Planejamento no Agrobalsas. “Quero saber qual a situação. Se houve patrocínio, se foi pago, se está empenhado ou se haverá novo calote”, finalizou.
Foto: JR Lisboa/ Agência Assembleia