A deputada Andréa Murad usou a tribuna, nesta quarta-feira (22), para denunciar as condições precárias nos hospitais do estado. Ao analisar o relatório do primeiro quadrimestre de 2016, apresentado pelo secretário de saúde Carlos Lula este mês, ela verificou várias pendências no Hospital de Pinheiro, inaugurado há pouco tempo pelo governo do estado.
Entre os problemas identificados pela própria SES e a solicitação de providências, o relatório diz para “providenciar a higienização permanente das cortinas divisórias da UTI, suprimento de bombas de infusão, fixadores, circuitos de CPAP, além de macas para o transporte dos pacientes; Providenciar substituição ou reparo da mesa cirúrgica que está incompleta; Identificar as causas que levaram ao não cumprimento das metas físicas pré-estabelecidas”.
Além dos itens, o relatório acusa ainda vários outros problemas de gestão na unidade, comprometendo a resolutividade do hospital.
“Não se tem controle de entrada e saída de insumos e materiais do almoxarifado; falta controle rigoroso no material presente nos carrinhos de parada, observando principalmente a validade dos medicamentos vencidos; não tem agilidade na entrega dos laudos de exames radiológicos em tempo hábil; os mutirões de catarata não estão cumprindo o protocolo de atendimento ambulatorial e cirúrgico; baixo percentual de realização de assistência nas internações e nos atendimentos ambulatoriais; estrangulamento de admissão e transferência de pacientes. Estou preocupada com as condições do Hospital Macrorregional de Pinheiro. Na época de sua inauguração, já havia relatado aqui que o governo, desesperado pela queda na popularidade, havia inaugurado a unidade com muitas pendências”, disse a deputada.
A parlamentar lembrou ainda da suspensão da especialidade neurocirurgia no hospital de Pinheiro sob alegação de que o procedimento tinha um custo alto demais para a demanda do hospital. Andrea considerou absurda a retirada do serviço de uma unidade que é referência para toda a região da baixada maranhense e que deveria cumprir o papel de reduzir a demanda na capital.
“Eu não posso acreditar que o setor de neurocirurgia da unidade tenha sido desativado porque os custos eram altos demais para poucas cirurgias mensais. Depois dessa lista de descasos no hospital de pinheiro, os fatores para o cancelamento das neurocirurgias são outros, no meu ponto de vista. O fato é que o Hospital macrorregional de Pinheiro só funciona para cabide de emprego, porque se está funcionando da forma que está, não é para beneficiar o povo, é para beneficiar os outros”, discursou.
Foto: JR Lisboa/Agência AL