Lembrei de Lister Caldas

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joaquimhaickel
Joaquim Haickel em artigo para o seu blog

Por Joaquim Haickel

Tenho recebido muitas cobranças de amigos e de leitores que desejam que eu aborde temas políticos, coisa que tenho procurado não fazer ultimamente, mas vou tentar reproduzir abaixo algumas ideias contidas numa conversa que tive com um desses amigos.

Desde quando Flávio Dino assumiu o governo do Maranhão instalou-se uma permanente batalha midiática, onde de um lado, seus partidários propagam as ideias de mudança e de outro, seus adversários tentam desconstruir esse discurso no afã de mostrar que tudo está hoje, igual ou pior que antes.

O Maranhão vive uma luta renhida, eivada de sectarismo, maniqueísmo, cinismo e hipocrisia. Se alguém apoia Flávio Dino, é comunista ou foi comprado. Se alguém se opõe a Flávio Dino, é fascista ou uma viúva da oligarquia.

Enquanto isso Flávio Dino passa a ser o único parâmetro e o principal referencial da política do Maranhão, da mesma forma que Zé Sarney o foi durante 50 anos. Digam se nisso mudou alguma coisa!?

Mudou sim! Nisso não!

Mudou, pois o grupo Sarney não foi feito pra viver na oposição, pra operar fora do poder. Enquanto isso, seus adversários, pelo contrário, não foram talhados para ter o poder nas mãos. Mas é bom que se diga que eles aprendem rápido!

Vejam a disputa para prefeitura de São Luís! Ela é a maior prova de que o grupo Sarney não tem capacidade de se agrupar na adversidade, que ele só consegue funcionar no controle do poder, tanto do poder estatal quanto do poder moral resultante dele.

Enquanto o grupo de Dino faz de tudo para melhorar as chances de seu candidato ganhar a eleição em São Luís, o grupo Sarney era para estar também totalmente engajado nessa disputa, seguindo fervorosamente os ensinamentos de quem entende corretamente os mecanismos da política, fortalecendo a candidatura de quem se opõe ao seu adversário.

Disse um sábio, muito tempo atrás, “o amigo de meu inimigo é meu inimigo. O amigo do meu amigo, bem que poderia ser também meu amigo”. Ocorre que esse grupo Sarney aí, não segue essa lógica, até porque está totalmente sem comando.

Algum tempo atrás, algumas pessoas imaginaram que poderiam substituir Zé Sarney. Ledo engano! Aos 86 anos e covardemente atacado por uma pessoa que ele tinha como amigo, em pouco ou em nada ele pode ajudar neste momento.

Mas a política percorre caminhos estranhos. São Luís, desde tempos imemoriáveis, é tida como a “Ilha Rebelde” e essa seria a oportunidade perfeita para tal teoria ficar indubitavelmente comprovada.

Um grupo que jamais ganhou uma eleição para prefeito de São Luís, postado na oposição, poderia vencer essa disputa. Se! Vejam bem! Se, tomasse as decisões acertadas.

Se isso acontecesse, minha tese se mostraria mais uma vez correta, pois os lados estariam invertidos, mas a mecânica da política prevaleceria, dando a vitória para a oposição, que agora contaria com o grupo Sarney em suas fileiras.

Caso aconteça a derrota da oposição em São Luís, ela será o prenúncio de outras derrotas que virão em seguida, na esteira das eleições subsequentes. Se não acontecer a derrota da oposição em São Luís em 2016, é possível que outras vitórias sobrevenham.

Volto a insistir. Pode ter mudado o nome do coronel, pode até ter mudado a patente do comandante, mas a forma de agir na política não muda. A mecânica da política é mais forte que a mecânica da ideologia.

Podem até os mais românticos imaginarem que estão fazendo diferente. Eles podem até, em alguns aspectos, estarem realmente tentando fazer diferente e quem sabe em algumas circunstâncias estejam fazendo diferente realmente, mas as práticas da política são mais fortes e se impõem de forma indelével.

Quem viver verá!

1 comentário para "Lembrei de Lister Caldas"


  1. nego,neguinho,negada

    Esse cabra tem que decidir de que lado esta, almoça, janta é ate faz receitas especiais aos amigos comunista. E agora vem com essa, o que sera que aconteceu.

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