O PAC Cidades Históricas é um projeto do Governo Federal para recuperar prédios de 44 cidades do Brasil. Em São Luís, as obras estão atrasadas. Quase todos os prédios que já deveriam estar reformados seguem velhos e feios para decepção dos turistas.
O Giorgi Bravi é italiano. Ele e a inseparável bicicleta estão no Brasil há um ano, vendo coisas bonitas e bem feias. “Está muito bagunçado, porque o Centro Histórico é lindo, mas está abandonado”, disse.
“Eu estou admirada com o Centro Histórico de São Luís, agora eu acho também que precisava de um pouquinho mais de cuidado. Porque é muito bonito, muito lindo, mas os prédios estão um pouco maltratados”, disse a turista de Fortaleza Mirene Barros.
São mais de seis mil casarões antigos, 3,5 mil deles tomado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Pelo menos seis estão em situação ruim segundo o Iphan, o órgão federal que cuida do acervo.
“Há de se ressaltas que o título de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade não é um título vitalício, a cidade pode perder esse título se não preservar esse acervo”, disse Eudes Lima, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
Em 2012 foi aprovado o orçamento de R$133 milhões para restaurar prédios públicos de São Luís. Dinheiro do PAC- Cidades Históricas, o Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. Porém, até hoje só T$25 milhões foram investidos.
A previsão era que todas as obras fossem concluídas em 2016, mas das 44 obras previstas, 32 não foram sequer licitadas. Ou seja, o processo de reforma ainda nem começou. Enquanto isso muito imóveis seguem manchando a imagem do Centro Histórico da cidade.
Apenas quatro obras foram concluídas. O Iphan disse que o motivo do atraso foi a crise. “Com essa recente crise econômica que a gente tem observado no paós, a gente sofreu um pouquinho de atraso, mas nada que interfira definitivamente na execução dessas ações”, disse o Superintendente do Iphan, Alfredo Costa.
Agora a conclusão de tudo está prevista apenas para 2019. “Isso é patrimônio de toda a humanidade, não é só dos moradores de São Luís”, finalizou o turista italiano, Giorgi Bravi.