O ex-governador do Maranhão e atual deputado federal, José Reinaldo Tavares, não poupou críticas ao Governo Flávio Dino, de quem é aliado, no quesito articulação política. As críticas foram feitas neste domingo (10), através de entrevista concedida ao Jornal Pequeno.
Apesar de ter reconhecido avanço do Governo Flávio Dino na área administrativa, José Reinaldo criticou duramente o ‘lado político’ da gestão do comunista e o privilégio ao PCdoB.
“Na parte política o governo tem pecado demais, não tem tido solidariedade com alguns companheiros. Tem privilegiado muito o PCdoB, na ocupação dos cargos no interior. E com isso há uma insatisfação grande em relação ao governo na área política. Ele tem que renovar a articulação política”, disse.
O ex-governador também criticou a política que está sendo feita pelo Governo Flávio Dino no interior com relação as eleições municipais deste ano.
“Não acho errado irmos buscar uma pessoa, um candidato no PDT, PSB, PSDB, no PT. Não é isso. Acho errado é pegar uma pessoa que tem patamar de vereador e coloca-la como uma grande liderança em cima de lideranças já consolidadas. Então, isso é brincar com fogo”, afirmou José Reinaldo.
O deputado federal fez questão de explicar a expressão ‘brincar com fogo’ e disse que Flávio Dino se omitiu na ‘disputa’ dos cargos federais, perdendo todos para o grupo Sarney e ainda levantou a possibilidade real de um futuro adversário de Dino sair do seu próprio grupo político.
“Se generalizar essas insatisfações, essas defecções, cria um campo perigoso. Na área federal o Flávio se omitiu no debate dos cargos federais. Os cargos foram todos indicados pelo Sarney. Essa coisa é um problema. Acho que do próprio grupo do Flávio pode sair um futuro adversário político. Você tem uma máquina e tem uma porção de gente insatisfeita. Prefeitos importantes querem conversar com o Flávio e não são recebidos”, declarou.
Essa não é a primeira vez que José Reinaldo Tavares deixa claro que na articulação política o Governo Flávio Dino tem sido desastroso. Entretanto, apesar de sua larga experiência política, o ex-governador parece não ser ouvido.
Foto: Handson Chagas/ Secom
Blog do Jorge Aragão