Uma escola municipal em São Luís foi invadida por vândalos neste fim de semana. A Unidade de Ensino Básico Prof. João de Sousa Guimarães, situada na Avenida Argentina, no bairro da Divinéia fica ao lado de uma Unidade de Segurança Comunitária (USC), responsável pela ronda no bairro e nas proximidades. A unidade de ensino já foi alvo de vândalos.
Segundo informações de professores da escola, o salário dos vigilantes está atrasado. Em decorrência disso, eles vigiam a escola somente nos dias de semana.
Os vândalos aproveitaram a falta de vigilância para invadir a escola. Eles entraram por uma janela quebrada na parte de trás do prédio e se encaminharam à secretaria escolar. Foram levados da escola dois computadores, microfones, projetor, aparelho de som e outros equipamentos eletrônicos.
As janelas de vidro foram quebradas e o patrimônio foi depredado. O diretor da unidade de ensino diz que prejuízo chega a 10 mil reais, além de perdas patrimoniais e documentais.
Por telefone, Jainara Miranda, que é tia de um aluno da escola, disse ao G1 que o prédio está sem vigilância e que essa não é a primeira vez que ele é invadido. “Nós ficamos sabendo porque ontem, ao meio-dia, nós ouvimos a sirene da escola. Eles (os bandidos) tocam só para avisar que invadiram. Quando os funcionários e moradores chegaram, viram tudo quebrado. E não é a primeira vez. Só esse ano já foram duas vezes. Mês passado também roubaram a escola. A escola tá sem vigilantes porque a prefeitura não está pagando a empresa de vigilância”, reclama.
Jainara relata ainda a preocupação dos pais e moradores, principalmente em relação à segurança dos alunos. “Os pais do meu sobrinho ficam com medo de mandar ele para o colégio, porque não tem segurança. Os pais já até fizeram abaixo-assinado e mandaram para a prefeitura, mas nunca teve retorno. Acho isso um absurdo porque nós pagamos impostos mas a situação não muda”.
Ao chegarem na escola para as aulas desta segunda-feira (30), os alunos foram informados de que não haveria aula. A unidade de ensino, que conta com Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), atende 1400 pessoas na região.
Ao G1, o diretor da escola contou que não vai se posicionar, pois a Secretaria Municipal de Educação (Semed) orientou que posicionamentos oficiais seriam dados somente pelo órgão.
Em entrevista, o secretário municipal de Educação disse que uma sindicância para apurar as responsabilidades será aberto. “Nós estamos com o sistema de segurança recolocado. Vamos abrir uma sindicância para apurar as responsabilidades para que sejam ressarcidos os danos segundo a responsabilidade contratual com a empresa. Nós pedimos à comunidade que nos ajude, pois essa relação tem sido fundamental para evitar esse tipo de comportamento”, finaliza.
Foto: João Ricardo