O comportamento nas redes sociais pode ter motivado um julgamento prematuro e errado da prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite da Silva (PRB), investigada por desvios de recursos públicos destinados à educação do município de 39 mil habitantes, a 275 km de São Luís. É nisso que acredita o advogado Carlos Sérgio de Carvalho, que assumiu a defesa da prefeita foragida nessa segunda-feira (24). Segundo ele, o contexto de uma conversa considerada privada com uma colega não reflete o comportamento de Lidiane à frente da prefeitura.
“Tirada de um contexto, pode ser interpretada como ostentação. Jamais ela fez qualquer coisa com dinheiro ilícito. A prefeita não usufruiu de qualquer irregularidade no município de Bom Jardim”, disse o advogado, garantindo que o salário de R$ 12 mil é compatível com a vida da prefeita Lidiane. Carlos Sérgio afirma que a idade e beleza da prefeita podem ter contribuído para que o caso tomasse a grande repercussão.
Aos 25 anos, diz a defesa, a prefeita tem consciência de suas responsabilidades e tem interesse que a situação seja esclarecida o mais rápido possível. “Nós estamos tratando disso o mais rápido possível. O caso ganhou repercussão nacional e isso causa nela e na família muita angustia dor e sofrimento”, afirma.
Ainda de acordo com o advogado, mesmo com origem considerada humilde, Lidiane já possuía uma situação financeira mediana comparada à realidade da cidade, mas não decorrente de suas atividades como prefeita. Segundo Carlos Sérgio, a prefeita é dona de apenas um automóvel popular e que os bens que apareceram na investigação são pertencentes ao ex-namorado – o secretário de Assuntos Políticos de Bom Jardim, Humberto Dantas dos Santos, conhecido como Beto Rocha (foto), preso na última quinta-feira – e ao atual companheiro.
Desaparecimento
Investigada pela Operação Éden, iniciada na quinta-feira (20) pela PF, ela sumiu, sem deixar rastros. “Eu diria que ela não fugiu, como foi comentado. Ela simplesmente se escondeu em um momento de pressão”, diz Carlos Sérgio. “Quem não se assustaria ao saber que a polícia está na porta de casa?”, completa.
O comparecimento espontâneo da prefeita Lidiane Leite da Silva (PRB) à sede da Superintendência de Polícia Federal (PF) em São Luís (MA) pode acontecer nos próximos dias, garante a defesa da prefeita. Paralelamente a isso, o advogado afirma que já teve acesso a boa parte da documentação dos autos para adotar as medidas cabíveis e que não descarta um pedido de ‘habeas corpus’.
A PF deu prazo até esta terça-feira para o comparecimento da prefeita, caso contrário seu nome incluído na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). “Ela como prefeita tinha o poder de liberar ou não os recursos que foram desviados. Então, tudo que aconteceu não teria acontecido sem anuência dela, ou participação direta”, diz o superintendente da PF no Maranhão, Alexandre Silva Saraiva.
Esse advogado pensa que as pessoas acreditam também na estória do boi ta tá, da mula sem cabeça do saci Pererê e outras !
Nossa leis deveriam ser mais energicas, pessoas que roubam comidas de crianças pobres, remédios da população carente.
Estes casos deviam ser tratados como crimes hediondos.
Espero que um dia nossos legisladores realmente passam a legislar em prol dos menos favorecidos e não em beneficios proprios.