O deputado estadual Sousa Neto (PTN) apresentou na manhã desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, dados estatísticos sobre assalto a banco, arrombamento de caixas eletrônicos e “saidinhas bancárias” registrados de janeiro a julho deste ano e comparados a igual período de 2014. Os dados contrapõem números apresentados pelo Governo do Estado.
De acordo com o parlamentar, ao contrário do que anunciou a assessoria do governador Flávio Dino (PCdoB), o número de ocorrências criminosas aumentou neste ano, em relação ao ano passado. Sousa afirmou que os dados foram retirados do site do Sindicato dos Bancários do Maranhão.
No início da semana, o Governo anunciou a redução de 23% no número de ataques a caixas eletrônicos e 7% em relação a assaltos a agências bancárias nos sete primeiros meses de 2015, comparados com os sete primeiros meses de 2014.
Os dados, no entanto, divergem do que apresentou Sousa Neto no Legislativo estadual.
De acordo com o parlamentar, de janeiro a julho deste ano foram registrados 15 assaltos a bancos no Maranhão. Em 2014, foram 12 no mesmo período. O que houve, portanto, foi aumento estatístico – da ordem de 25% -, e não redução, como apontou o Governo.
Em relação a arrombamentos a caixas eletrônicos, também houve aumento. No ano passado, foram registradas 22 ocorrências de janeiro a julho. Já em 2015, o número chegou a 30. O aumento, nesse caso, foi de 36,36%.
Já no que diz respeito a saidinhas bancárias, o aumento foi de 50%. Foram registrados seis crimes deste tipo em 2014, contra nove em 2015.
Mentira – O deputado Sousa Neto classificou de mentira a estatística de Flávio Dino. “O Governo do Estado mentiu mais uma vez sobre números que tratam da violência pública. A mentira tem o único objetivo de provocar o falso sentimento de segurança. Não foi a primeira e talvez não tenha sido a última mentira contada por Flávio Dino para atender a interesses pessoais e deixar desinformada a população”, disse.
Sousa Neto pediu seriedade e responsabilidade do Governo na divulgação de dados estatísticos. “O Governo já não dispõe de credibilidade quando apresenta esse tipo de dado. Há sempre uma divergência nos números oficiais. É necessário que haja responsabilidade e transparência. Não se pode faltar com a verdade em relação a questões tão sérias como essas”, finalizou.
O Estado