União em Cantanhede

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HildoRocha1O dia 5 de junho de 2015 ficará marcado na história de Cantanhede. Nessa data, três grupos políticos do município se uniram em torno de um projeto grandioso: a construção da ponte sobre o Rio Itapecuru.

A obra, há muito esperada pela população, beneficiará principalmente os moradores da zona rural de Cantanhede e também do município de Itapecuru-Mirim. Outra vantagem é o aspecto econômico. A ponte facilitará o escoamento da produção, o transporte de cargas, o tráfego de veículos e encurtará distâncias entre diversas cidades da região.

Os recursos serão provenientes de emendas dos deputados federais Hildo Rocha e Júnior Marreca. O compromisso foi firmado durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Cantanhede nesta sexta-feira (0).

“Eu já estava sensibilizado com a importância dessa obra há muito tempo. Vou destinar parte das emendas que eu tenho direito para a obra”, afirmou Hildo Rocha.

O parlamentar ressaltou que os custos do empreendimento são altos. Por esse motivo o deputado Júnior Marreca também irá destinar parte das emendas que ele tem direito para fazer a obra. “O povo quer essa união administrativa, essa união institucional e nós temos que seguir o desejo do povo que é a união de todas correntes políticas de Cantanhede para que essa obra se torne uma realidade”, enfatizou.

O deputado Júnior Marreca disse que, após discutir o projeto com Hildo Rocha e com o prefeito de Cantanhede Zé Martinho, constatou que é possível realizar o projeto. “Nós assumimos esse compromisso diante da população porque é um compromisso possível. Então, esse sonho começa a se tornar realmente uma realidade”, declarou Marreca.

HildoRochaDemocracia

O prefeito Zé Martinho disse que a união dos três grupos políticos, em prol da construção da ponte, é uma lição de democracia. “Democracia se faz assim quando se desce dos palanques e trabalha pelo bem da comunidade. Eu acredito que vai dar certo. Cantanhede está de parabéns porque essa união só vem engrandecer o município”, enfatizou.

A Audiência Pública foi coordenada pelo presidente da Câmara, Emerson Costa (PCdoB) e teve a participação dos vereadores Charles Carvalho (PSDC); Dennis Robert (PSDC); Jacó Alves (PPS); Jorismar Santos (PSDC); Maria José do Sindicato (PMN); Paulo Coelho (PV); Raimundo Nonato Ferreira “Dicó” (PSL); Toinho Rodrigues (DEM); Zé Raimundo do Sindicato (PDT); e Zeca de Ronildo (DEM).

Também participaram do ato: o vice-prefeito de Cantanhede, Waldir Quaresma (DEM); o ex-prefeito Hilton Rocha; o ex-vice-prefeito, Biran Castro; secretários municipais; ex-vereadores; lideranças de municípios vizinhos; e populares.

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Segurança no Maranhão

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SousaNetoO tema segurança (ou a falta dela) tem sido a pauta principal na Assembleia Legislativa. Enquanto a bancada governista tenta a todo custo maquiar a real situação, os deputados oposicionistas mostram que a realidade é muito grave e a população tem sofrido as consequências da falta de planejamento e má gestão da pasta do atual governo. Após recesso por conta do feriado de Corpus Christi e todas as ocorrências dos últimos dias, provável que seja o tema principal da sessão desta tarde.

O deputado estadual Sousa Neto (PTN) tem se mostrado bem atuante nessa área, provavelmente por ser o único deputado da oposição a fazer parte tanto da Comissão quanto da Frente Parlamentar de Segurança, sempre tem levantado importantes discussões na Casa e demonstrado sua opinião com força e embasamento. Só na última semana tratou sobre questões como o homicídio em Vitoria do Mearim e denunciou o temor quanto a volta da pistolagem no estado, após atentado contra o presidente da Câmara de Dom Pedro, Farys Miguel, relembrou também o caso de Vavá da Faisa, presidente da Camara de Vereadores de Santa Luzia e que foi executado na porta de casa, meses atrás.

Ainda na questão da segurança, Sousa Neto repudiou as declarações do secretário Jeferson Portela contra ele, a quem denominou de “ex-secretário”, visto que não estava a altura do cargo que tem exercido.

As discussões sobre as reais convocações de policias militares e a solicitação de que investigadores e escrivãos da Policia Civil que estão formados, sejam chamados imediatamente, assim como os delegados, foram temas também de um dos discursos do deputado em primeiro mandato. Assim como também foi o primeiro a denunciar que policiais lotados no interior do Maranhão estão vindo fazer o policiamento em São Luís sem receber diárias e sem conhecer a realidade da capital.  “Esses policiais estão desguarnecendo a segurança dos municípios, que já está precária, para vir fazer o policiamento na capital e sem nenhum treinamento para isso”, disse na época.

Sousa Neto tem sido o deputado que mais tem levado dados para o plenário, a maioria deles, inclusive confrontam os divulgados erroneamente pelo governo com a tentativa de passar para a população uma falsa sensação de segurança e é dele a expressão que mais tem definido a gestão de Flávio Dino “governo virtual”.

Depois dos desdobramentos, inclusive com repercussão a nível nacional do caso de Vitória do Mearim e também dos números de prisões e de homicídios divulgados pelo governo, essa semana com certeza promete ser de grandes debates e o deputado com certeza se manifestará a repeito.

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Eleição de Hans

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HansNinaConselheiros do Moto se reúnem nesta terça-feira (9) para tentar dar fim num problema crônico no clube nos últimos anos que é a falta de um presidente e de uma diretoria que possa trabalhar pelo Papão do Norte.

A indefinição administrativa e a crise financeira tem sido os dois maiores adversários do Moto nos últimos anos. Com as coisas praticamente paradas fora de campo, os resultados alcançados pelo clube não tem sido o esperado.

No ano passado, mesmo com muita dificuldade financeira, o Moto, na gestão do presidente Roberto Fernandes ainda conseguiu garantir a participação na Série D e garantiu o calendário no início da atual temporada. Com o término do mandato de Fernandes, o Moto só conseguiu formar uma Junta Governativa (com Roberto Fernandes e Cursino Raposo) e o resultado este ano foi o que vimos com o time ficando fora da Série D e um débito que ainda não foi possível quitar com os jogadores e funcionários.

Nas últimas eleições sequer apareceram candidatos. Agora surgem pelo menos dois nomes: o atual diretor de marketing, Hans Nina e o ex-presidente do São José, Hugo Roberto que embora não sendo conselheiro do clube vai tentar disputar a eleição. Assim, Hans Nina deverá ser candidato único.

Hans Nina decidiu realmente assumir o clube e não deve encontrar qualquer dificuldade na eleição. Ele conta com o apoios importantes como os dos ex-presidentes Roberto Fernandes, Edmar Cutrim e Jota Pinto; do presidente do Conselho Deliberativo, Cursino Raposo, dos deputados estaduais Glalbert Cutrim e Sousa Neto, da vereadora Bárbara Soeiro e Albino Soeiro, além de toda a família Amim Castro.

Já disse aqui que Hans tem toda condição de reconduzir o Moto ao caminho das grandes conquistas, mas é necessário que ele tenha apoio efetivo dos ilustres motenses. Não basta eles dizerem que apoiam Hans e depois deixá-lo sozinho como aconteceu com outros que tentaram trabalhar pelo clube.

A eleição do Moto será às 18h, na rua Salvador Oliveira, 4, quadra R, conjunto Sítio Leal.

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Falta esclarecimento

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A deputada estadual Andrea Murad (PMDB) não ficou nem um pouco convencida com as ações do governo para justificar o crime ocorrido em Vitória do Mearim. As notas truncadas, as prisões dos suspeitos e a ‘avalanche’ de ações policiais nos últimos dias para reverter a opinião sobre a segurança pública no estado não vão abafar a história assim tão fácil.

Após a reportagem exibida ontem, no Fantástico, na Rede Globo sobre o caso ela reagiu “incrédula” ao ocorrido e também não encontrou todas as repostas que precisava. Ao comentar o assunto em rede social, a deputada vai cobrar mais esclarecimentos do governo. Afinal, por que um zelador estava trabalhando em uma blitz militar, com arma em punho, como se fosse policial? Fato ainda mal esclarecido pela cúpula da segurança

AndreaMurad

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Imagem polêmica

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Uma imagem que marcou a Parada Gay em São Paulo chama atenção e está provocando um grande debate nas redes sociais.

Muitos afirmam que a imagem significa liberdade de expressão, outros acharam completamente desnecessária e ofensiva.

E você o que achou? Qual a sua opinião?

MarcosFelicianoMarcoDuailibe

HansNina

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Fantasmas nas Assembleias

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Eles são eleitos para fazer leis e servir ao povo. Mas alguns se especializam em usar o mandato para enriquecer. E não é pouca maracutaia, não. Vários deputados estaduais, por todo o Brasil, usam uma coleção de fraudes para desviar dinheiro público.

Uma missa no interior do Brasil e uma pergunta: por que esse padre não deveria estar aqui? Na periferia de uma capital, duas irmãs revoltadas. Sem saber, elas eram usadas num esquema para desviar dinheiro público. E um desafio para as leis da física: será que numa sala caberiam 71 pessoas trabalhando? E na hora de dar explicações, uma atitude desesperada.

Esta reportagem vai revelar o mapa da farra com o dinheiro público em assembleias estaduais de todo o país. Tem vários tipos de golpe: inclusive adulterar medidor de quilometragem de carros usados por deputados para forjar despesas com combustível.

Flagrantes de como funcionava o esquema

A investigação do repórter Giovane Grizotti começa pelo Rio Grande do Sul De 2011 até o ano passado, Neuromar Gatto era chefe de gabinete do deputado estadual Diógenes Basêgio, o Doutor Basêgio, do PDT.

Sem medo de mostrar o rosto, Neuromar Gatto revela que funcionários, vários deles fantasmas, devolviam parte do salário ao deputado que os contratou.

Neuromar: Essas pessoas traziam até o gabinete os valores e entregavam a mim, esse valor… Esses valores. E eu, naturalmente, repassava ao deputado esses valores, como consta em gravações.
Grizotti: Você era o arrecadador?
Neuromar: Exato.

O deputado estadual Doutor Basêgio é médico da cidade gaúcha de Passo Fundo e foi reeleito, no ano passado, para o segundo mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Segundo o delator, o próprio deputado controlava quanto cada funcionário tinha que devolver. Uma lista mostra nomes e valores.

Neuromar: São documentos assim, com a letra dele, mostrando R$ 800 mil que ele poderia tirar por ano.
Grizotti: E isso o que diz aí?
Neuromar: Esse aqui é o repasse. São as pessoas que repassavam pra ele num certo período.

Além de documentos, Neuromar gravou flagrantes de como funcionava o esquema de extorsão de assessores e uso de funcionários fantasmas.

Em um vídeo, o assessor Álvaro Ambrós revela o quanto devolve de salário.

Neuromar: Quanto que tu repassa?
Álvaro: Três e pouco é a parte dele. Três e duzentos, três e trezentos.

Três mil e trezentos reais diretamente para o bolso do deputado.

A dona de casa Hedi Vieira era contratada como assessora parlamentar do Doutor Basêgio. Sem saber que estava sendo filmada, ela admitiu que era fantasma.

Grizotti: Não trabalhava na prática?
Hedi: Na prática, não.

E nem ficava com o salário.

Hedi: Eu não recebia dinheiro nenhum.
Grizotti: Mas não era assessora?
Hedi: Assessora só no papel.

Deputado Doutor Basêgio participa da contagem de dinheiro

O publicitário Paulo Marins, responsável pelas campanhas eleitorais do deputado, aparece num vídeo entregando dinheiro para o então chefe de gabinete, Neuromar Gatto. Segundo Neuromar, foi mais uma devolução de salário, dessa vez da mulher de Marins, que também estava empregada na assembleia. O publicitário disse que o dinheiro era uma comissão devida a Gatto.

Neuromar: Eu não sei quanto é.
Marins: é 3-0-0-8.
Neuromar: isso.
Marins: Mil e vinte, mil e trinta.

O número 3-0-0-8 significa R$ 3.008, exatamente o valor do contracheque da mulher do publicitário em setembro de 2013; R$ 1.030 é o valor referente aos dias trabalhados por ela no mês anterior.

Em outro vídeo, a etapa final do esquema. Dentro do gabinete, na Assembleia do Rio Grande do Sul, o deputado Doutor Basêgio participa da contagem do dinheiro devolvido. E ainda reclama do valor.

Neuromar: Amanhã ela passa então R$ 1.500. E aí quinta-feira mais os R$ 300, R$ 305 reais. Eu contei. Tudo em dez reais. Eles só conseguiram sacar em dez reais.
Basêgio: Mas, meu Deus, que pobreza essa gente.
Basêgio: Mil reais?
Neuromar: Não, aí tem mil e quinhentos. Aqui, nesse envelope aqui tem mil e quinhentos reais. Depois aqui tem mais mil e quinhentos.

Um dos maços de dinheiro o deputado separa na hora.

Basêgio: Esse eu vou precisar.

O Fantástico procurou o deputado para responder às acusações.

Basêgio: Não, jamais existiu aqui dentro desse gabinete, qualquer funcionário-fantasma. Existe transparência, existe controle. E nós… Jamais chegou a nós dinheiro de qualquer funcionário. Porque eu não sou falcatrua e tenho uma vida pra preservar.

Distorções nos pagamentos de salários a assessores

A Organização Não-Governamental Transparência Brasil investigou os gastos de todas as assembleias do país e descobriu distorções nos pagamentos de salários a assessores dos deputados.

Um exemplo: no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Pernambuco, essa despesa é maior que na Câmara dos Deputados, em Brasília, que só pode ter, no máximo, 25 funcionários por gabinete.

PE: R$ 97.200
SP: R$ 125.996,30
RJ: R$ 171.491
DF: R$ 173.265
Câmara: R$ 92.053,20

Veja o absurdo no Amapá, onde não há limite de funcionários. Os 24 deputados têm, incríveis, 2.653 cargos de confiança. E o tamanho do gabinete…

“Então, um total de 30 metros quadrados, trabalhariam no máximo cinco pessoas”, avalia o engenheiro-civil Carlos Eduardo Domingues da Silva, engenheiro-civil.

Tem deputado com 71 assessores. O porta-voz da Assembleia do Amapá explica que os deputados têm direito a manter assessores em todas as cidades do estado.

Grizotti: São 16 municípios?
Paulo Roberto Melen, consultor legislativo da Assembleia do Amapá: Sim.
Grizotti: Como justificar 71 assessores e como o espaço físico comporta?
Melen: Se eu tivesse cinco assessores em cada município, eu teria quantos?
Grizotti: Mas precisaria cinco assessores?
Melen: Mas se eu tivesse? Se eu tivesse?

Afinal, onde estão os assessores parlamentares do Amapá? Um homem devia trabalhar na assembleia, mas procurou o Ministério Público para contar que na verdade prestava serviços particulares para um deputado.

Grizotti: O senhor não trabalhava no gabinete?
Homem que procurou o MP: Nunca entrei na assembleia. Era nomeado como assessor político e nunca peguei num papel.

Dezenas de funcionários-fantasmas em Alagoas

Esta semana, o Ministério Público vai entrar com uma ação para diminuir os cargos de confiança no Amapá.

“Vamos ir à Justiça, pedindo que o judiciário anule essas contratações ilegais. E nesses casos, logicamente, o Ministério Público irá pedir a devolução dos valores, sim.”, afirma o promotor de Justiça Afonso Guimarães.

Em  Alagoas, dezenas de funcionários-fantasma foram descobertos, no ano passado, pela Controladoria-Geral da União.

“Pessoas humildes foram utilizadas para serem colocadas na folha de salários da Assembleia Legislativa e receberem esse pagamento. Algumas conheciam, sabiam da irregularidade, outras desconheciam essa irregularidade”, observa José William Gomes da Silva, chefe da Controladoria Regional da União em Alagoas.

É o caso de duas irmãs que ganham um salário mínimo por mês trabalhando honestamente numa lavanderia comunitária de Maceió.

Fantástico: Dona Naudiene, a senhora trabalha na Assembleia Legislativa?
Naudiene da Silva Quintino, lavadeira: Nunca. Não sei nem onde é. A única coisa que a gente sabe fazer é lavar roupa.
Fantástico: Consta aqui nos registros que em dois meses a senhora recebeu mais de R$ 25 mil de salário.
Naudiene: Eita. Queria eu. Nunca vi nem tanto dinheiro assim na minha vida.

“Se eu tivesse recebido eu não estava numa vida dessa, que só Deus aqui pra ajudar a gente”, diz a lavadeira Sandra Maria da Silva.

Funcionária que ganhava sem trabalhar foge de repórter

O Ministério Público de Alagoas investiga fraudes que podem chegar a R$ 150 milhões em cinco anos. E o ex-presidente da Assembleia, principal acusado, atualmente é um dos responsáveis por julgar os desvios de dinheiro público.

“O ex-deputado Fernando Tolêdo, que presidia a Assembleia Legislativa envolvido nesses atos ilícitos comprovadamente, infelizmente foi premiado. Como recompensa, foi nomeado para ser conselheiro do Tribunal de Contas”, conta o procurador-geral de Justiça de Alagoas Sérgio Jucá.

“Eu estando inocente, como tenho a consciência da tramitação, eu vou julgar isso com muita isenção”, declara Fernando Tolêdo, conselheiro do TCE, ex-presidente da Assembleia.

As fraudes se espalham pelo país. O mesmíssimo esquema foi descoberto em Goiás, onde existem 2,4 mil cargos de confiança e 41 deputados.

“Sem precisar prestar o expediente, a pessoa, era oferecida a vantagem, dava o nome, era contratada na assembleia e com a obrigação de uma vez no mês, em algum local da cidade, ser devolvido o dinheiro”, afirma Lauro Nogueira, procurador-geral de Justiça de Goiás.

Uma dessas funcionárias que ganhavam sem trabalhar é a manicure Mércia Adriana Dias. Em vez de trabalhar no gabinete, ela cuidava de seu salão de beleza.

Ao ser abordada pelo repórter Giovani Grizotti, ela não quis dar explicações… Abandonou os clientes e correu.

Fantasma que veste batina e reza missas

Ainda em Goiás, tem fantasma que veste batina e reza missas – bem longe do gabinete onde deveria trabalhar. É o padre Luiz Augusto, funcionário da assembleia desde 1980.

“Fantasma não tem carne e osso como eu tenho”, diz o padre Luiz Augusto Ferreira da Silva.

Esta semana, o padre foi acusado formalmente pelo Ministério Público de ter recebido mais de R$ 3 milhões de salário ao longo de 20 anos, sem trabalhar.

“Eu mesmo não acreditei. Tive dificuldade de acreditar porque achei absolutamente condenável do ponto de vista ético esta postura por parte de quem prega a ética como um padre da Igreja Católica”, diz Fernando Krebs, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

O padre se defende dizendo que usa o salário de R$ 7,3 mil em obras sociais.

“E eu pago para pessoas doentes que eu cuido. Sobra, então, R$ 6,3 mil pra comprar algum alimento pra eles ainda. Então não tem nada de fantasma, não tem nada ilegal nessa situação”, defende-se o padre.

O Ministério Público pediu à Justiça a devolução dos salários e também acusou ex-presidentes da Assembleia Legislativa de Goiás por permitir que o padre recebesse sem trabalhar.

“Colocamos o ponto eletrônico, o crachá funcional pra todos os servidores, o portal da transparência, o conselho de gestão da frequência e da folha de pagamento”, afirma Helio de Souza, presidente da Assembleia Legislativa de Goiás.

Festival de notas frias

Outro foco de desvio de dinheiro público envolve a chamada verba indenizatória, que serve para reembolsar as despesas dos deputados.

“Em algumas assembleias não é necessário sequer apresentar comprovante fiscal da verba indenizatória, que devia ser para indenizar um gasto já efetuado”, acusa Natalia Paiva, diretora-executiva da Transparência Brasil.

Em muitas assembleias do Brasil é um festival de notas frias, empresas de fachada, serviços nunca prestados. Veja esse exemplo do Amapá: a dona da agência de viagens, que não está envolvida no esquema, não sabe como notas fiscais da empresa dela foram parar na prestação de contas de cinco deputados.

Fantástico: A senhora reconhece essas notas fiscais como tendo sido preenchidas pela senhora?
Neucila Martins Nery, empresária: Não. De forma alguma.

Promotores do Amapá investigam fraudes que, em apenas dois anos, podem passar dos R$ 50 milhões. Até empresa em nome de morto foi usada para deputado embolsar verba que deveria ser usada para locação de veículos.

“Ele morreu no dia 14. Tem uma nota que foi tirada 15 dias depois da morte dele. Começo de janeiro. O meu irmão já tava morto não tinha como assinar. Como é que um morto vai assinar?”, disse uma pessoa não quis se identificar.

Mas mesmo quando as notas não são frias, a verba pode ser fraudada.

Marcadores de quilometragem são fraudados no RS

No Rio Grande do Sul, os 55 deputados receberam mais de R$ 4,5 milhões para rodar mais de 8 milhões de quilômetros, o equivalente a 10 viagens de ida e volta até a lua. Parte do valor a ser pago aos deputados é controlado pelo medidor de quilometragem dos carros. O ex-chefe de gabinete, que você viu no começo da reportagem, conta que o marcador de vários carros é fraudado em oficinas mecânicas.

Grizotti: Quantas vezes você levou o carro pra fazer a adulteração?
Neuromar: No mínimo umas seis, sete vezes. Então, aí você joga pra cima essa quilometragem lá.

A pedido do Fantástico, ele foi até a oficina onde tudo acontece. Repare que, antes da adulteração, o carro marca 75 mil quilômetros. Na oficina, Neuromar pede ao mecânico para aumentar o medidor em 5 mil quilômetros. Enquanto trabalha, o mecânico confirma que a prática é comum. Minutos depois, o resultado no painel: 80 mil quilômetros.

Grizotti: Alguma vez já aumentou a quilometragem de carro aqui?
Mecânico: Também não.

“Isso é uma vergonha. E quem cometeu esse tipo de crime, sendo comprovado, tem que pagar por isso”, declara Edson Brum, presidente da Assembleia do Rio Grande do Sul.

Fantástico

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Repercussão no Fantástico

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IrialdoUm crime inacreditável. Como pode um zelador municipal participar de uma blitz da PM e acabar executando uma pessoa na frente de todo mundo, em plena luz do dia?

No vídeo, um homem no chão acabou de ser baleado em uma blitz da PM em Vitória do Mearim, interior do Maranhão. Ele está cercado por curiosos.

No meio da aglomeração está um homem uniformizado. Repare nos trajes dele: calça de estampa militar, colete à prova de balas. Parece um policial. Ele inclusive segura uma arma.

O homem pisa na cabeça da vítima e atira duas vezes. Depois da execução, o assassino e um policial colocam o corpo no carro da PM e vão embora.

Tudo aconteceu em uma rodovia. Os dois jovens seguiam de moto para uma festa. Quando fizeram uma curva deram de cara com uma blitz. O piloto da moto diz que não conseguiu frear imediatamente e, segundo as investigações, os policiais começaram a atirar. Acertaram o garupa da moto que caiu, mas ainda estava vivo.

O garupa era o homem que acabou sendo executado: Irialdo Batalha, um mecânico de 35 anos que não tinha passagens pela polícia.

Quem pilotava a moto era um amigo de infância, Diego Fernandes, que levou um tiro no pé. Diego diz que a moto está com um problema no freio e por isso ele não conseguiu parar na blitz. “Quando eles viram que eu não ia conseguir parar, já começaram atirar”, diz Diego Fernandes.

A moto ainda vai ser periciada. Com base no depoimento dos PMs que estavam na blitz, a secretaria de Segurança Pública do Maranhão afirmou que houve troca de tiros durante uma perseguição a suspeitos de realizarem assalto a comércio.

Para o delegado que investiga o caso, não houve troca de tiros. “Segundo as testemunhas do lugar do crime, as duas vítimas não estavam armadas”, afirma o delegado Guilherme Souza Filho.

A PM então reconheceu o erro e prendeu os dois PMs que fizeram a blitz, identificados apenas como sargento Miguel e soldado Gomes.

vigilanteE quem é o assassino?

O homem que aparece no vídeo atirando era contratado como zelador pela prefeitura da cidade e estava cedido para prestar serviços à polícia, mesmo respondendo a um processo por homicídio e de não ter sequer autorização para usar uma arma, ele participava de operações policiais. Ele se chama Luís Carlos Machado de Almeida e foi preso na quinta-feira passada.

“Ele era pago pelos cofres do município para trabalhar de vigilante e eu não sei porque cargas d´água ele estava trabalhando, usurpando a função de policial militar”, diz o delegado.

Pior: segundo o delegado, esse não foi o primeiro crime de Luís Carlos cometido em uma blitz. “Ele inclusive aqui na comarca de Vitória do Mearim responde a outro homicídio com as mesmas características”, afirma o delegado.

O comando da PM diz que não sabia que Luís Carlos participava clandestinamente de operações da PM. “A informação que tenho do comando local é que era uma pessoa colocada pela prefeitura para a parte administrativa e não tinha como fim desenvolver operações policiais”, diz o comandante geral da PM do Maranhão, Marco Antonio Alves.

Segundo a apuração da PM, Luís Carlos foi convocado para participar da blitz por um dos policiais que agora estão presos. “O sargento Miguel que era o comandante naquele momento é que fez a solicitação”, diz o comandante.

Irialdo foi levado já morto para o hospital da cidade. O corpo foi periciado, mas o laudo ainda não ficou pronto. Depois da divulgação das imagens, a Secretaria de Segurança emitiu uma nova nota.

Essa nota chama Irialdo de suspeito de participar do assalto, mas reconhece que ele foi executado. A nota afirma ainda que o governo do estado adotará todas as medidas para punir todos os responsáveis pelo crime.

Na sexta-feira passada, houve manifestação em Arari, cidade onde Irialdo morava. “Naquele momento em que ele estava atirando nele ali, ele não estava matando só ele: estava matando todos nós que estamos aqui”, afirma Izanilton Batalha, irmão da vítima.

Fantástico

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Meia-passagem garantida

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EdivaldoHolandaJr

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) disse que o direito da meia-passagem conquistada pelos estudantes de São Luís será mantido.

Em rede social, o prefeito disse que houve um erro de redação na mensagem enviada pelo Executivo a Câmara Municipal e que retirava o direito de estudantes de escolas e faculdades particulares.

“Um erro de redação em uma mensagem do executivo e no projeto de lei de iniciativa deste jamais poderá ser maior que um direito conquistado”, afirmou.

Edivaldo disse ainda que a mensagem do Executivo será reformulada antes de ser novamente encaminhada para a Câmara.

Sem dúvida alguma essa correção anunciada pelo prefeito se faz necessário. A decisão de acabar com o direito da meia-passagem a estudantes de escolas e faculdades particulares poderia atrapalhar bastante o prefeito Edivaldo Holanda Júnior na sua reeleição.

E cabe uma pergunta: quem foi mesmo que cometeu esse erro grosseiro ou pensou realmente em acabar com a meia-passagem a estudantes de escolas e faculdades particulares?

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Agricultores beneficiados

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GileGlalbertO prefeito Gil Cutrim e o deputado estadual Glalbert Cutrim (PRB) entregaram, no fim de semana, 400 quilos de sementes selecionadas (feijão e hortaliças) para agricultores familiares dos povoados Bom Jardim, Jussatuba, Santa Maria e Guarapiranga, todos localizados na zona rural de São José de Ribamar.

A entrega do benefício, resultado de uma parceria com o governo estadual, faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pela prefeitura ribamarense que visam incentivar a produção agrícola na cidade, gerando mais emprego e renda.

As sementes foram distribuídas durante cerimônia realizada no Centro de Aprendizagem Rural de Bom Jardim e da qual participaram dezenas de agricultores familiares, além de lideranças políticas e comunitárias da região.

Um total de duas toneladas de sementes serão entregues aos agricultores do município ao longo dos próximos meses – a distribuição começou no início do ano.

“A administração do prefeito Gil vem, ao longo dos anos, incentivando a agricultura familiar oferecendo todas as condições necessárias para que nós, agricultores, possamos produzir bem. Estamos satisfeitos e agradecidos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agricultores de Bom Jardim, senhor Giovanni.

Glalbert Cutrim elogiou o empenho e determinação da administração municipal de São José de Ribamar em incentivar o setor. O parlamentar ratificou, ainda, o seu compromisso de continuar trabalhando pelo município e seu povo e adiantou que parte de suas emendas serão destinadas à cidade no sentido de que investimentos em novas obras sejam feitos.

“Fui, ano passado, o deputado estadual mais bem votado da história de São José de Ribamar e isso, aliado ao amor que tenho pela cidade e seu povo, aumenta ainda mais a minha responsabilidade e desejo de trabalhar pelo município”, disse.

Gil Cutrim agradeceu o apoio e carinho com os quais sempre é recebido pelos moradores da zona rural. “Muito já fizemos pelas localidades desta região e muito mais iremos fazer”, garantiu o prefeito.

Ainda na zona rural, Gil, Glalbert e demais lideranças políticas e comunitárias visitaram a sede da Associação de Agricultores e Psicultores de Bom Jardim, que está em fase de construção; e o Viva Jussatuba, que está sendo construído pela prefeitura e será inaugurado ainda este mês.

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Medicina em Codó

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ZitoRolimO prefeito de Codó, Zito Rolim, e o secretário municipal de saúde, Ricardo Torres, estiveram reunidos com representantes dos Ministérios da Educação e da Saúde.

O encontro aconteceu em Brasília e teve como objetivo tratar das próximas etapas do processo de instalação do curso de graduação em medicina no município de Codó.

Também estiveram na oportunidade representantes de outros 24 municípios pré-selecionados em todo o Brasil.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Ricardo Torres, Codó será a primeira cidade a ser visitada pela comissão de avaliadores do MEC e do Ministério da Saúde.

“Receberemos a visita da comissão entre os dias dez e doze de junho. Estamos muito empolgados com as perspectivas da instalação do curso. O aprendizado de medicina não é novidade entre os codoenses. Mas o funcionamento do curso inteiramente na cidade, inclusive com residências médicas de elevado alcance social, tem em si o potencial de revolucionar toda a ideia e a percepção da assistência em saúde para todos os usuários do SUS”, observou.

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