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Quando as urnas foram abertas e confirmada a eleição de Adriano Sarney, muitos imaginaram que, por possuir familiares políticos, ele seria apenas mais um jabuti (enchente ou mão de gente) a passar pela Assembleia.
No entanto, com aproximadamente 120 dias no parlamento, Adriano Sarney já mostra que tem um futuro promissor na política e a sessão ordinária da quinta-feira (11), foi uma prova inconteste disso.
Depois de cobrar, acertadamente, coerência do governador e do Governo Flávio Dino, no caso da licitação das aeronaves, utilizando as regras do jogo, Adriano astutamente evitou, em duas oportunidades, que o Líder do Governo, deputado Rogério Cafeteira, utilizasse a tribuna.
No Expediente Final da sessão, Rogério Cafeteira pediu para falar pela liderança, pois queria rebater a denuncia feita pela deputada Andrea Murad (reveja). O Líder do Governo já estava se encaminhando a Tribuna, quando Adriano lembrou que no Expediente Final não se pode usar tempo da liderança. O próprio deputado Eduardo Braide, também governista, deu razão ao ‘adversário’, e coube a Cafeteira se inscrever no Expediente Final.
O problema é que Cafeteira foi o último a ser chamado e quando já estava pronto para usar a Tribuna, Adriano Sarney novamente invocou o regimento e evitou a fala do governista.
Percebendo que só cinco deputados estavam em Plenário, e como o número mínimo de parlamentares são seis, Adriano ponderou. “Observação de quórum, por favor, senhor presidente”.
Cafeteira não gostou e retrucou. “Presidente, gostaria aqui só de ressaltar, regimentalmente está correto, só de ressaltar a maneira democrática como a Oposição se comporta aqui, tentando cercear a palavra dos colegas. Essa é a democracia que eles pregam”.
Adriano rebateu. “Estamos aprendendo com o atual Governo”, e a sessão foi encerrada.
O episódio demonstrou duas situações. A primeira é que a defesa do Governo está cada dia mais reduzida, pois tem se limitado a Rogério Cafeteira, que tem feito a sua parte, e mais três ou quatro deputados, os demais não estão nem preocupado em dar quórum para outros colegas defenderem o Governo.
Além disso, ficou claro que, apesar de novato, Adriano Sarney aprendeu rápido as regras do jogo e definitivamente começou a ‘jogar com as armas que tem’.