Incoerência do governador
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) reafirmou hoje, na Assembleia Legislativa, a incoerência do governador Flávio Dino (PCdoB) em relação ao processo de licitação – agora suspenso -, que trata do aluguel de um jato e avião bimotor para a Casa Civil.
Isso porque a bancada governista tem tentado redirecionar as discussões, para o fato de que a licitação para o aluguel das aeronaves sequer ocorreu. A denúncia levantada pela oposição, mostra que a estimativa de gastos do Governo do Estado com a nova licitação, é quase o dobro do que gastou a gestão anterior.
Para Adriano, no entanto, a base de toda a discussão que ocorre no plenário da Casa é equivocada. Ele explicou que talvez mais importante do que apontar dados relacionados à economia aos cofres públicos ou superfaturamento, diz respeito à mudança de discurso de Flávio Dino. No início do ano, Dino afirmou que reverteria o dinheiro gasto com o aluguel de aeronaves, para ações nas áreas de Saúde e Educação.
“A grande questão é justamente a incoerência na contratação das aeronaves, quando o governador Flávio Dino disse que não iria contratar aeronaves, mas faz justamente o contrário”, disse.
Adriano lembrou que no início do ano, Dino posou para foto em voo comercial ao lado de um dentista – declaradamente seu eleitor -, indicando que aquele ato passaria a ser rotina no Palácio dos Leões.
“Quero saber o que o governador Flávio Dino vai falar agora para o dentista, o cidadão que estava ao seu lado no voo comercial. Como ele vai explicar para aquele cidadão que agora mudou de ideia? Como ele vai explicar para aquele cidadão maranhense que ele não vai mais andar de avião comercial enquanto for governador? Como ele vai explicar que na verdade o enganou naquele momento, que ele o fez passar por um papel ridículo perante os seus amigos e perante a sociedade maranhense? Aí é que está a incoerência de Flávio Dino”, disse.
A licitação para o aluguel de aeronaves do Governo Flávio Dino foi suspensa na semana passada, após repercussão de reportagem de O Estado e depois de cobranças por parte da bancada oposicionista na Assembleia.
Na ocasião da denúncia, Adriano chegou a pedir o cancelamento da concorrência pública. Apesar de ter suspendido a licitação, o Governo do Estado não explicou os motivos.