A deputada Andrea Murad (PMDB) denunciou em sessão plenária desta segunda-feira (18), o superfaturamento em aluguel de prédio para abrigar setores administrativo da Secretaria de Estado da Saúde. A parlamentar apresentou fotos e explicou que a estrutura não condiz com o valor contratado e que será pago pelo governo do estado, inclusive, com salas e parte elétrica ainda inacabadas. Na publicação do Diário Oficial, o prédio localizado na Avenida dos Holandeses em São Luís, foi contratado por R$ 1.620.000,00 por ano, que serão pagos em 12 parcelas de R$ 135.000,00. Para a parlamentar, o valor é considerado “absurdo” diante do discurso de contenção de gastos na saúde.
“Nada justifica um aluguel de R$ 135 mil para qualquer coisa que seja. Quando você vai alugar um prédio, eles não querem saber quantos órgãos da secretaria você vai colocar ali dentro, isso é irreal. Aquele prédio jamais seria alugado por R$ 135 mil se não fosse para o governo do estado. Nada que se diga justifica essa imoralidade”, discursou a deputada.
Andrea Murad também criticou a postura do governador Flávio Dino quanto ao aluguel do prédio no Turu onde funcionava o Centro Ambulatorial de Atenção à Saúde do Paciente Oncológico, locado pelo valor mensal de R$ 30.000,00. Ela relembrou que o centro foi desativado em fevereiro, fruto de uma decisão judicial movida pelo grupo do atual governador, demonstrando total insensibilidade com os pacientes vítimas do câncer. A deputada alega ainda que, para o governo, sobram recursos para locação de prédios administrativos em valores exorbitantes, mas falta dinheiro para manter os serviços nas UPAs e Hospitais do estado e o tratamento do recém-nascido Dudu em São Paulo, caso repercutido nacionalmente.
“O governador encheu a boca para falar dos R$ 30 mil reais mensais que a SES tinha alugado para tratamento de pessoas com câncer, no bairro Turu. Ele falava tanto que aquilo era errado, que aquilo não era correto, falou tanto, pregou tanto, e agora ele age pior com aluguel de prédio administrativo. Alega falta de recurso quando recorreu à justiça para não arcar com o tratamento do Dudu, mas perdeu, vai ter que continuar pagando pelo tratamento porque recurso tem. Se tem para alugar prédio por R$ 135 mil mês, tem para arcar com o tratamento da criança”, disse Andrea Murad.