O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Joacy Gonçalves de Oliveira Filho registrou um boletim de ocorrência no Plantão Central da Beira Mar, em São Luís, em que afirma que uma mulher identificada como Rosenilde Cabral de Aguiar, 32, morreu após omissão de socorro por parte de funcionários do Hospital Municipal Djalma Marques, o “Socorrão 1”.
De acordo com o documento, o Samu recebeu o chamado e removeu a paciente de São José de Ribamar, a 26 km de São Luís, para o hospital da capital. Ao chegar ao Socorrão 1, o médico diz ter sido recepcionado por uma equipe de triagem formada por quatro enfermeiros, que informaram não haver leito no hospital e não quiseram comunicar o caso ao médico plantonista.
Joacy destaca que pediu atenção à paciente, que sofria “grave insuficiência respiratória”, e informou que ela havia piorado durante a espera por atendimento. No boletim, o médico do Samu diz que foi tratato com “indiferença” e “arrogância” pelos enfermeiros e que ele chegou a implorar “que chamassem o médico plantonista”.
No registro da ocorrência, Joacy afirma que teria entrado na área restrita do hospital e encontrado o médico plantonista Aquiles dos Santos, que não sabia do ocorrido e teria se prontificado a atender a paciente. O médico então teria examidado, intubado a vítima em seguida e tentado reanimação cardio-pulmonar sem sucesso.
O registro da ocorrência tem como fato comunicado “omissão de socorro”, crime previsto no artigo 135 do Código Penal.
Em nota encaminhada ao G1, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) destacou que a paciente era portadora do vírus HIV e que já teria chegado ao Socorrão 1 em estado crítico. O órgão negou que tenha havido omissão de socorro e disse que a paciente foi “prontamente atendida”. Leia a íntegra da nota da Semus abaixo:
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que a paciente Rosenilde Cabral de Aguiar, oriunda do município de São José de Ribamar, deu entrada às 17h31 de quinta-feira (26), no Hospital Djalma Marques (Socorrão I). A Semus esclarece que, segundo parecer do corpo médico que a atendeu, a paciente, portadora do vírus HIV, foi transportada em unidade não avançada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) daquele município e chegou em estado considerado crítico. E que, mesmo diante das complicações clínicas, foi prontamente atendida pela equipe de plantão no Socorrão I, sendo inclusive submetida a procedimento para estímulo respiratório. Apesar dos esforços, a paciente faleceu 15 minutos após sua chegada à unidade de saúde.
A Semus informa, ainda, que está instaurando procedimento administrativo para apurar, de forma interna, se houve algum tipo de negligência no atendimento à paciente.
Sou Diretor do Hospital Djalma Marques. Queria fazer constar que já abri sindicância a respeito desta ocorrência. Atenciosamente. Ademar Bandeira.
Obrigado, Ademar. Se quiser mandar qualquer esclarecimento favor enviar para: [email protected] o meu telefone é 98114 8316
Alguém esta mentindo e isso deve ser apurado!!! Omissão de socorro é crime… e se for verdade esses enfermeiros e esse médico do socorrao 1 devem ser afastados e reponder por esse crime…
Isso acontece frequentemente nos hospitais públicos brasileiros
a população quando precisa é mal atendida, funcionários mal-humorados, se isso não for pena de morte o que a pena capital?