A crescente violência contra a mulher no Maranhão foi o assunto abordado pelo deputado Sousa Neto (PTN) na sessão desta terça-feira (10), na tribuna da Assembléia Legislativa. Ele citou os casos de três mulheres que foram brutalmente assassinadas em Santa Inês nos últimos cinco dias, para cobrar providências do Governo do Estado.
“Fora casos de abuso, as ameaças e os estupros, as mulheres estão sendo mortas. Uildes do Nascimento Oliveira, Josilene Silva Viana, Maria Antônia Lago dos Santos, e Antônia Nonata Araújo, foram brutalmente assassinadas. Essas mães de famílias, essas jovens, já tinham denunciado à Delegacia da Mulher as ameaças que estavam sofrendo dos seus companheiros. Mas a Polícia nada fez e elas foram vitimadas”, declarou Sousa Neto.
O deputado alertou que essa grave situação de violência contra a mulher não é uma realidade só da cidade de Santa Inês, mas de todo o Estado do Maranhão. “Todo mundo conhece ou relata esses casos. A sociedade e as autoridades competentes estão sempre tomando conhecimento dessas atitudes e pouco se faz a respeito disso”, ressaltou ele.
Sousa Neto disse ainda que a sociedade clama por segurança e espera ansiosa pelo aumento no efetivo policial anunciado pelo governador Flávio Dino no primeiro dia do seu governo, com a convocação imediata de mil policiais que até hoje não foram chamados e não há previsão de estarem nas ruas. “Eu não acredito nesse governo da mudança, porque esse projeto não funcionou nos municípios onde foi implantado. É um discurso que, na prática, não funciona”, acrescentou.
Ele também reagiu de forma incisiva ao discurso do deputado Raimundo Cutrim, que o antecedeu na tribuna, por baixar o nível do debate no parlamento. “Vossa excelência não pode desrespeitar a ex-governadora, o ex-secretário de Segurança Pública e o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, com palavras baixas, por questões pessoais. Neste plenário, estamos representando o povo e esses ex-gestores não estão aqui para se defender. Eles podem vir aqui responder a todas as perguntas e acusações infundadas, mas baixar o nível eu não aceito”, finalizou.
Foto: JR Lisboa/Agência AL