Voto de confiança

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Dois secretários indicados para assumir pastas importantes a partir de 1º de janeiro agradeceram em rede social a escolha e o voto de confiança do governador eleito Flávio Dino (PCdoB). Jefferson Portela e Neto Evangelista prometeram muito trabalho.

Escolhido para assumir a Secretaria de Segurança, o delegado Jefferson Portela disse que trabalhará para a redução dos índices de criminalidade e violência no Maranhão.

JeffersonPortela
“Mão irei decepcionar”, escreveu o secretário Neto Evangelista que assume a partir de 1º de janeiro a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

NetoEvangelista

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Redes sociais e preconceito

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AndreaAmaral

Por Andrea Ramal

A onda de comentários ofensivos contra os nordestinos que se alastrou nas redes sociais logo após o resultado das eleições revela que o país não está dividido somente pela opção política, mas também por um preconceito latente, pronto para explodir diante da primeira oportunidade.

O que surpreende é que as redes sociais, embora sejam frequentadas por pessoas de todas as idades, são o espaço privilegiado dos jovens. Como então sonhar com mudanças, se uma parte importante da juventude, em vez de ousar e ir contra a corrente, apresenta a mais conservadora e grosseira das atitudes?

De onde vem tal preconceito, a estas alturas? Os caminhos que explicam são muitos e um deles passa pela educação recebida, tanto em casa como na escola.

Muitas vezes, até sem perceber, os pais podem ensinar atitudes preconceituosas às crianças menores. Quando, por exemplo, se referem a alguém pejorativamente como “aquele paraíba”, “o cabeça chata”, “o ceará”. Somados a outros adjetivos e comparações que a família possa empregar no cotidiano (“todo baiano é preguiçoso”, “o ebola só podia vir da África”, “só não gosto de argentinos”) e pronto, está fértil o terreno para criar uma cabecinha preconceituosa e xenófoba, presa aos estereótipos do século passado.

Mais tarde, na escola, o estudante pode acabar reforçando visões discriminatórias, como por exemplo com as mensagens (mesmo implícitas) dos livros didáticos. Neles, o Nordeste é quase sempre retratado como lugar pobre e de privações, onde se sofre pela seca. Pouca diferença se faz entre um estado e outro, como se o Nordeste fosse um amálgama sem identidades, definido só pelos mapas. O nordestino é descrito, até nas ilustrações, como migrante e retirante.

Em muitos livros didáticos vi uma imagem similar: o personagem maltrapilho desenhado sob um sol escaldante, a terra cheia de sulcos e aridez, ele com uma trouxinha, acompanhado de uma mulher grávida com outra criança no colo, e uma legenda explicando que “nordestinos partem em busca de melhor destino”.

Um certo livro escolar dá como título ao capítulo que fala do Nordeste “Penando na terra”, com imagens de seca e sertão. Enquanto isso, ao apresentar o Sudeste, o capítulo seguinte traz fotos de cenas urbanas, contextos industriais e desenvolvimento.

Esse discurso reforça uma suposta condição de inferioridade daquele que nasce numa “região-problema”, “afligida” por um fenômeno climático. Sugere passividade das populações e vitimização irremediável.

Nas festas juninas, que são das poucas ocasiões em que a cultura nordestina é trazida para o interior das escolas das demais regiões, as crianças são fantasiadas de um modo que ridiculariza o homem do campo. O “caipira” é caracterizado com a roupa remendada, sem combinar as cores, e lhe faltam dentes, ou dança com as pernas tortas. É a cultura urbana debochando da cultura rural.

Pouco se fala, no currículo escolar, da riqueza e da heterogeneidade da cultura nordestina, com sua música, danças, culinária, arte, manifestações religiosas, as belas festas populares, os grandes nomes da literatura, da política, da dramaturgia, da indústria, da educação, e da tantas outras esferas.

Qual seria o motivo de tanta agressividade nos comentários registrados contra os nordestinos? Talvez – é apenas uma hipótese – o fato de que nesta eleição, os “pequenos” e condenados ao esquecimento hajam tido um papel protagonista, o que colocou em xeque uma noção de hierarquia regional cristalizada por longas gerações.

Cabe a nós, pais e educadores, criar oportunidades para educar numa lógica diferente. Afastar os velhos paradigmas que rotulam regiões e seus habitantes. Estimular um modelo mental que combine mais com o mundo de hoje, das redes e interconexões, em que as pessoas precisam trabalhar em grupos multidisciplinares, aprender com as diferenças e interagir o tempo todo com empatia e respeito.

* Andrea Amaral é colunista do G1 e doutora em Educação pela PUC-RJ

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Times dos governadores

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Eleições encerradas é hora de apresentar o novo mapa dos governadores dos 27 estados brasileiros.

Quatro governadores dizem torcer pelo Botafogo (RJ). Outros três para o Flamengo (RJ) e dois para Vasco (RJ), Cruzeiro (MG) e Santos (SP).

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) disse por meio de sua assessoria ser torcedor do Botafogo.

Confira abaixo:

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Conheça Belágua

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Belagua

A maior votação proporcional alcançada pela presidente reeleita Dilma Roussef (PT) aconteceu em Belágua, a 280 km de São Luís, na região leste do Maranhão. Na cidade de apenas 6.524 habitantes, 93,93% dos votos válidos (3.558 votos) foram dados à candidata petista enquanto Aécio Neves (PSDB) obteve 6,07% (230 votos).

Pela segunda vez, Belágua entra no cenário nacional por apresentar índices expressivos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em dezembro do ano passado, o município registrou o maior salto econômico do país, subindo mais de mil posições no ranking de cidades por PIB per capita. Reportagem do G1 mostrou que o maior ganho da população foi sair da situação de pobreza extrema para a pobreza, impulsionada pelos programas de assistência social do governo federal somados à produção artesanal e venda de farinha de mandioca.

Dados do IBGE apontam que, em Belágua, a incidência de analfabetismo é de 52,11%. Apenas três ônibus estão na frota loca de veículos e dois hospitais públicos municipais oferecem um pequeno leque de serviços de saúde. A população tem maioria concentrada nas faixas etárias de 5 a 9 anos e 10 a 14 anos. A estimativa é de que que, entre 2010 e 2014, o crescimento populacional tenha sido de 667 pessoas, o que leva a população a 7.191 habitantes no total.

Dez meses depois, o G1 voltou a Belágua para saber como está a cidade mais “dilmista” do Brasil e constatou que o cenário é o mesmo. Na maior parte do município, falta saneamento básico, água encanada e pavimentação das ruas, por exemplo, mas a população garante que já foi pior.

Neste mês, segundo a Caixa Econômica Federal, 1.292 famílias cadastradas receberam verba do Bolsa Família na cidade. Se consideramos a base mínima de 4 pessoas por família utilizada pelo IBGE, o programa beneficia de forma direta aproximadamente 5.168 pessoas, o equivalente a 79,2% da população belaguense.

Fotos e reportagem/Clarissa Carramilo

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Neto Evangelista na Sedes

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NetoEvangelistadep

O deputado Neto Evangelista (PSDB) foi anunciado há pouco como próximo secretário de Desenvolvimento Social do Maranhão. A informação foi dada pelo governador eleito, Flávio Dino (PCdoB), por meio das redes sociais. Com a saída de Neto Evangelista quem assume a vaga na Assembleia Legislativa será Rafael Leitoa.

Com o desafio de diminuir as desigualdades sociais no Estado, o novo secretário será responsável pela gestão de políticas públicas relacionadas ao combate à pobreza e inserção produtiva das famílias maranhenses. O trabalho será feito com interlocução com o setor empresarial e a sociedade civil.

Formado em Direito, Neto Evangelista é deputado estadual reeleito (dois mandatos) e servidor do Poder Judiciário aprovado em seletivo por três anos. Faz parte da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão como 2º vice-presidente.

Com militância em movimento estudantil, Neto Evangelista foi um dos deputados mais novos do país. Ao ocupar a presidência interina da Assembleia Legislativa em 2012, foi o mais novo presidente de Poder Legislativo das Américas, com 23 anos.

Durante seu mandato, teve como destaque o diálogo com movimentos sociais e defesa das classes trabalhadoras, com especial atenção aos servidores públicos.

Cerimonial

A cerimonialista Telma Moura de Oliveira será a Chefe de Cerimonial do Governo a partir do dia 1º de janeiro de 2015, sob a administração de Flávio Dino. O anuncio foi feito hoje pelo governador eleito.

Com experiência em vários ramos da comunicação, Telma Moura é formada em Comunicação Social – Relações Públicas há 20 anos. Dedicou maior parte de sua atividade profissional a conduzir a Chefia de Cerimonial em órgãos públicos. Desde 2006, ocupa a chefia de cerimonial da Prefeitura de Caxias – MA.

Com experiência em redação de jornal impresso, rádio e televisão, Telma Moura é maranhense e pós-graduada em Assessoria de Imprensa e também foi responsável pela condução da assessoria de comunicação da Gerência Regional de Caxias, órgão representante do Governo Estadual.

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Passou a eleição

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BrunoGagliasso

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Entrevista de Dilma

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DilmaRousseff

A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite desta segunda-feira (27), em entrevista ao Jornal Nacional, que antes do fim do ano vai anunciar “de forma muito clara” as medidas que tomará em relação à economia.

Ela disse que pretende dialogar com todos os setores da economia antes de começar a adotar medidas para “transformar e melhorar o crescimento da nossa economia”.

“Externei ontem [domingo, 26] que não ia esperar a conclusão do primeiro mandato para iniciar todas as ações no sentido de transformar e melhorar o crescimento da nossa economia. Eu vou abrir o diálogo com todos os segmentos. Quero dialogar com setores empresariais, financeiro, com o mercado, para discutir quais são os caminhos do Brasil. Pretendo colocar de forma muito clara as medidas que vou tomar. Agora, não é hoje. Antes do final do ano. Vou fazer neste mês que se inicia na próxima semana”, declarou.

Reforma política

A exemplo do que fez no discurso pronunciado neste domingo, após o anúncio do resultado da eleição, a presidente voltou a defender um plebiscito para aprovação de uma reforma política, o que classificou como prioridade para o próximo mandato. Um dos pontos que ela defendeu durante a campanha eleitoral foi o fim do financiamento de empresas às campanhas eleitorais.

Para Dilma, o processo de consulta popular é “essencial” para a reforma política. “Muitos setores têm como base a proibição da contribuição de empresas para campanhas eleitorais. A partir da reforma, só seriam possíveis contribuições privadas individuais, não seria possível empresarial. Tem várias propostas na mesa. A oposição fala em fim da reeleição. Enfim, tudo isso tem de ser avaliado pela população. Acho que o Congresso vai ter sensibilidade para perceber que isso é uma onda que avança”, disse. Nesta segunda, em nota, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) se manifestou favorável a um referendo, em vez de um plebiscito, para a reforma política.

Corrupção

Dilma também defendeu a adoção de medidas de combate à corrupção – na campanha eleitoral, propôs transformar em crime a prática de caixa dois. Segundo ela, a prisão de corruptos não deve ser motivo para instabilidade política.

“Eu não acredito em instabilidade política por se prender e condenar corruptos e corruptores. Acredito que o Brasil tem uma democracia forte e uma institucionalidade forte. Acho que a sociedade brasileira exige uma atitude que interrompa a sistemática impunidade que ocorreu neste pais ao longo da nossa historia. E isso significa: doa a quem doer, que se faça justiça. E fazer justiça, nesse caso, é punir. Se alguém errou, tem que ser punido. Esse fator não pode levar a instabilidade política. O que deve levar a instabilidade política é a manutenção da impunidade”, declarou.

Reforma tributária

Na entrevista ao “Jornal Nacional”, a presidente afirmou que tentou fazer uma reforma tributária durante o primeiro mandato no Palácio do Planalto. Dilma disse acreditar que a discussão sobre tema precisa ser levada “a fundo”, pois o governo federal adotou algumas medidas nos últimos anos que, segundo disse, foram criticadas, como a desoneração da folha de pagamento.

A presidente reeleita declarou também que há “conflito distributivo” no país em função da discussão entre os estados sobre quem acha que perde e quem acha que vai ganhar com a reforma tributária. “Eu tenho a convicção de que o Brasil precisa de reforma tributária e precisa simplificar tributos”, afirmou a presidente, ao criticar o que chamou de “guerra fiscal”. “É um desafio que eu vou ter de encarar”, disse.

União e diálogo

A presidente reafirmou a oferta de “diálogo” que fez no discurso de domingo e disse que a base para a união do país – ela venceu a eleição com 51,64% dos votos e o adversário Aécio Neves (PSDB), 48,36% – é um sentimento comum por um “futuro melhor”.

“A grande palavra neste momento é diálogo. É dialogar com todas as forças, de todos os segmentos”, afirmou.

G1

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