O candidato Josivaldo Corrêa (PCB) deu continuidade, nesta quinta-feira (25), à série de entrevistas da Rádio Mirante AM com os concorrentes ao governo do Maranhão nas eleições deste ano. A entrevista teve início às 8h30 e durou uma hora e meia. No programa, Josilvado Corrêa falou sobre voto obrigatório, alianças políticas e violência urbana.
“Eu me sinto satisfeito, estamos fazendo uma campanha educativa numa eleição onde impera o poder econômico. Nossas propostas são mais radicais, a gente abordou temas polêmicos. Tivemos uma rejeição muito grande, principalmente de setores ligados à igreja, mas esperamos poder contribuir com os debates, o objetivo não se encerra com as eleições. A pesquisa não influencia muito. A gente compreende que isso é uma manipulação das eleições. Eu acho que existe uma grande manipulação dos dados e isso reflete no senso comum das pessoas. Eu me considero com papel cumprido. Nós não fazemos política de quatro em quatro anos”, disse.
O candidato se disse contra o voto obrigatório. “O PCB vai estar nessa luta, mas é preciso uma discussão ampla, que parta do chão da escola, da fábrica, da igreja, tem que ser dos grupos organizados. Eu acredito que essa questão é polêmica porque os partidos grandes não querem perder, por conta da compra dos votos. O voto voluntário é um voto de conscientização. A população tem que saber o que isso significa pra ela”, declarou.
O professor falou sobre medidas para conter a violência urbana. “Quando se fala de violência as pessoas querem construir presídios, trazer mais armas e nós temos uma nova forma de pensar. Essa é uma questão recorrente, e ela não vai ser resolvida de uma hora pra outra. Pra mim, ela está dentro de uma integração de políticas que envolvem a construção de mais escolas, centros culturais, passa pela questão da saúde pública, questão da profissionalização. Com isso eu estaria resolvendo 60% da criminalidade. A criança não pode trabalhar, mas ela pode ser aprendiz, esse é um pensamento do partido”, ressaltou.
Josivaldo Corrêa defendeu a união dos partidos comunistas no Maranhão. “Nós temos uma orientação que é cumprir essa linha de sair sozinho. Estamos tentando construir aqui no Maranhão a união dos comunistas. Eu acredito que nós avançamos muito. Se houver uma consciência dos três partidos comunistas, nós viremos muito fortes na eleição para Prefeitura de São Luís. Se os partidos se unirem nas lutas cotidianas, eu acredito que vamos fazer uma intervenção política mais consciente nas próximas eleições”, concluiu.
A próxima entrevista será realizada nesta sexta-feira (26), com o candidato Zeluís Lago. O último candidato entrevistado será Saulo Arcangeli, no sábado (27).