Doação de escravistas
O candidato da coligação “Todos pelo Maranhão”, Flávio Dino (PCdoB), tem parte de sua campanha financiada novamente por empresa diretamente ligada ao trabalho escravo no país. O comunista recebeu doação de mais R$ 3 milhões da Construtora OAS S/A, já flagrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por submeter trabalhadores à situação análoga à escravidão.
Em 2010, Flávio Dino recebeu R$ 500 mil da empresa Alcana Destilaria de Álcool, com sede em Nanuque, Minas Gerais (MG), pertencente ao grupo Infinity Bio-Energy Brasil Participações, também denunciado por explorar mão de obra escrava. Flávio jamais explicou a sua relação com o grupo empresarial.
Os dados que comprovam a destinação milionária da Construtora OAS para a conta comunista estão disponíveis no sistema de prestação de contas de campanha, disponibilizado no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ao todo, Dino recebeu 19 doações da OAS, que somadas, chegam a R$ 3.114.606,70 milhões. O menor valor doado foi de
R$ 1.215,00. Já o maior montante é de R$ 1,380 milhões. Os valores foram repassados ao comitê financeiro estadual do PCdoB, para ser utilizado especificamente na campanha do candidato a governador. Flávio Dino já recebeu cerca de R$ 6 milhões. Ou seja, pelo menos metade de toda a receita do comunista foi adquirida por meio de doações de empresa que explora trabalho escravo.
Escravos – Em setembro de 2013, auditores fiscais do MTE resgataram 111 funcionários da OAS em condições análogas ao trabalho escravo nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Dentre os resgatados, estavam trabalhadores naturais do Maranhão, Pernambuco, Bahia e Sergipe, inclusive indígenas. Para garantir o pagamento das verbas rescisórias e indenizações, o Ministério Público do Trabalho (MPT) acionou a Justiça Trabalhista, que determinou o bloqueio imediato de R$ 15 milhões da empresa.
Os trabalhadores explorados pela OAS haviam sido aliciados nos estados do Nordeste do país e aguardavam em apenas onze casas de Cumbica, serem chamados para trabalhar nas obras.
A companhia que doou para Dino também é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) e doMinistério Público Federal (MPF) na operação Lava Jato. A empresa foi citada e investigada também pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Precatórios, na Câmara dos Deputados.
Relação vem desde o ano de 2010
Nas eleições de 2010, o comunista Flávio Dino (PCdoB) foi financiado pela empresa Alcana Destilaria de Alcool, de Nanuque, Minas Gerais, pertencente à Infinity Bio-Energy Brasil Participações, acusada de explorar o trabalho escravo no país.
O comunista recebeu em um só depósito do grupo, R$ 500 mil, 10 dias antes da eleição.
O grupo que financiou Dino foi um dos principais responsáveis, segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), pela elevação do trabalho escravo no país entre os anos de 2010 e 2011. Ao todo, 1.282 trabalhadores, sendo 285 índios, eram mantidos pelo grupo em situação análoga à escravidão.
“O elevado número de trabalhadores escravos em Mato Grosso do Sul está ligado à exploração de um grupo multinacional o Infinity Limited, com sede nas Ilhas Bermudas, que criou a Infinity Bio-Energy Brasil Participações S.A. O grupo adquiriu usinas de açúcar e álcool em diversos estados do Brasil, incluindo Naviraí (MS), onde foi flagrada a ocorrência do trabalho escravo em duas áreas”, frisou o relatório da CPT.
O Estado