Apesar de o comunista Flávio Dino ainda manter a liderança na corrida pelo Governo do Estado – “30 pontos à frente”, segundo o presidente do PCdoB, Márcio Jerry – o senador Lobão Filho (PMDB) tem feito os melhores movimentos até agora.
Lobão tem demonstrado talento para sair de xeque-mate sempre que esta jogada surge à sua frente.
E no jogo de xadrez que é a disputa pelo governo maranhense, o vencedor será aquele que melhor movimentar as peças no tabuleiro.
Os movimentos de Flávio Dino foram todos errados: aliança com Aécio Neves (PSDB), promessas não cumpridas com aliados, alianças com indivíduos de moral duvidosa… Tudo isso pode deixá-lo sem jogadas no tabuleiro para garantir a vitória.
A chapa pura do PMDB foi a melhor escolha de Lobão Filho para enfrentar o adversário comunista.
O presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, divide, logo de cara, o eleitorado do município de Colinas, base do vice de Flávio Dino, o deputado federal tucano Carlos Brandão.
Mas Melo leva ainda a vantagem de ter força em toda a região do Sertão, ao contrário de Brandão, cujas bases pertencem, na verdade, ao ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB).
Além disso, Arnaldo Melo tem a capacidade de unir a base de deputados na Assembleia e inclui na campanha de Lobão Filho prefeitos que somavam com ele, mas que não estavam com o candidato do PMDB.
É portanto, um vice que soma.
Não há dúvidas de que a rejeição do PT à vaga de vice-governador apresentou-se como um aparente xeque-mate para Lobão Filho. Mas ele demonstrou incrível capacidade de corrigir rumos e transformar limões em limonadas.
E Arnaldo Melo traz ainda uma vantagem adicional à chapa de Lobão Filho: a de unificar o grupo para buscar a vitória nas adversidades.
Sem que terceiros, depois, possam reivindicar o bônus dela…