Recebi em meu blog o comentário que reproduzo abaixo. Nele alguém identificado por Tets sugere que leia o referido texto e aprenda algo com ele. Li o texto e constatei ser ele muito bem escrito tanto do ponto de vista literário quanto pelo viés político. Sua fundamentação é substanciosa e coincide em quase tudo com o que eu acredito. As nossas únicas discordâncias se devem ao fato de estarmos, eu e o autor desse texto, de lados opostos nessa tese e ao fato de eu encarar os acontecimentos de frente, com o peito aberto, sem subterfúgios, sem hipocrisia.
Concordo que Castelo seja uma força política e eleitoral que não deva ser desconsiderada. Errado estava o meu grupo que preferiu lançar Washington como candidato a prefeito de São Luís que apoiar Castelo. Agora, Flávio que apoiou Edivaldo contra Castelo, quer o segundo em suas fileiras, junto com o primeiro e mais Eliziane Gama que também se opôs ao ex-prefeito.
Dizer que se deseja a força eleitoral de alguém que teve 220 mil votos em uma única cidade, mas que o seu jeito de fazer política não deve ser levado em consideração, que suas forças políticas só servirão na batalha, depois da guerra, quando da reconstrução, elas serão descartadas como antigas e obsoletas.
Pior que isso é não reconhecer que o modus operandi que eles praticam é o mesmo que eles dizem querer substituir em nosso Estado. Pior ainda é tentar esconder que as mudanças apregoadas são apenas bandeiras programáticas, pois os indivíduos envolvidos nessa campanha só sabem fazer as coisas de um jeito. O jeito que eles aprenderam, no qual foram ensinados, e os quais praticam e praticarão por todo o sempre.
Poderia analisar parágrafo por parágrafo esse texto, que como já disse é um bom texto, mas que em minha opinião padece de um problema fundamental. Tenta justificar com argumentos falaciosos e hipócritas a união de Dino e Castelo, quando o melhor a fazer é não dizer nada, pois dos 220 mil eleitores de Castelo, a grande maioria deles, sabe que essa união dos dois é conversa para boi dormir, sabem que os partidários de Dino, os verdadeiros, os mais radicais, querem ver Castelo longe de seu grupo.
A única coisa verdadeiramente real que há nesse texto é a ideia que embasa o ensinamento de que o inimigo de meu inimigo é meu amigo. Mesmo tipo de ação que acusam a tal oligarquia de praticar. Em que se diferenciam? Vejo claramente uma diferença, o fato de que sua maior e talvez única bandeira seja a vitoria sobre essa tal oligarquia, enquanto esta encontra-se perdida entre o ser e o não querer ser uma oligarquia.
Só resta saber de quem Castelo é mais inimigo e com quem ele mais se identifica. Respondo: Ele se identifica mais com Lobão Filho e é mais inimigo de Flávio Dino.
O que fica ao ler esse texto é que do ponto de vista literário, filosófico e semântico devo reconhecer um bom articulista quando leio um, mas do ponto de vista político… Eles acusaram o golpe!