O desabafo é do vice-prefeito de São Luis, Roberto Rocha (PSB), dado ao Blog do Diego Emir, cumpre dois objetivos centrais: (1) recado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior pelo tratamento do Governo Municipal dispensado a líder socialista até aqui; e (2) recado para setores da oposição dinista que defendem a indicação de Rocha para vice na chapa de Flávio Dino (PCdoB) abrindo a vaga de senador para o ex-prefeito João Castelo (PSDB).
Mas, do que reclama Roberto Rocha, hein?
Ora, o atual vice-prefeito foi o principal artífice da candidatura de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para prefeito de São Luis. Rocha era um dos nomes do então consórcio de candidatos que desejavam disputar a eleição contra João Castelo em 2012. Foi preterido pelo “presidente” do consórcio Flávio Dino, que acabou apontando o dedo para Holandinha dizendo: “você é o cara!”.
Arrependimentos são normais na vida de qualquer pessoa, mas no caso de Roberto Rocha, político “passado na casaca do alho”, experiente, de referência estadualizada, deveria imaginar que sua vida não seria fácil ocupando a vice de um prefeito cuja a relação é quase de pai e filho. Nem direito de estrebuchar Rocha tem agora. A não ser que esteja recebendo tratamento de adversário por parte da gestão Edivaldo…
Quanto à segunda parte do recado, isto é, avisar que sequer senta para discutir a possibilidade de se tornar vice de Flávio Dino abrindo a vaga de senador para João Castelo, é mais interessante ainda.
Roberto Rocha tem sido uma espécie de “Hércules” na construção/consolidação da candidatura ao Senado Federal, enfrentando e superando os mais diversos óbices que colocam no meio do seu caminho.
É que Rocha não conta com a devida confiança de setores mais à esquerda no seio da oposição dinista.
O próprio Flávio Dino já admite mais serenamente a candidatura do colega a senador, mas muitos dos aliados não só a rejeitam como conspiram diuturnamente contra o projeto Roberto Rocha – Senador 400.
A luta do socialista pela ser o senador da oposição dinista lembra ainda aquele game Super Mario, onde o simpático encanador Mario atravessa vários cenários, enfrenta inimigos, pula obstáculos, pisa nos conspiradores, entra em tuneis escuros, enfrenta guilhotinas etc.
Enfim, o fato é que Roberto tem conduzido seu projeto na base do “vocês vão ter que me engolir”.
Fica a leve impressão de que o socialista está no lugar errado…
As eleições vão se aproximando e a oligarquia já não sabe mais o que inventar na tentativa de conturbar o ambiente na oposição. Mas essa não cola mais. O povo acordou!!