Um jogo de erros

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joaquimhaickelPor Joaquim Haickel

Já comentei, em outra oportunidade, sobre a verdade na política e volto a esse assunto agora, adiantando que, se ela pode ser bastante relevante, quando vista de um determinado ponto de observação, por outro, pode ser vista como mero adereço. Explico: no ambiente pragmático da política, a verdade é uma mera questão de tempo ou de angulação do observador. O que é de um jeito hoje, amanhã poderá ser de outra forma. O que se vê de uma certa latitude, não é o que se observa de outra. Ainda assim, as duas coisas, nos dois casos, serão verdades que não se contradizem. 

Devo ressaltar que há uma diferença importante entre a prática política e seu pressuposto filosófico. Neste caso, a verdade, além de ter as importantes componentes de espaço e tempo, possui uma indissociável componente ideológica, poderosa o suficiente para mover os espíritos dos homens.

As verdades sobre as quais gostaria de comentar hoje são verdades que em condições normais de temperatura e pressão deveriam ser constantes, independentes de tempo ou espaço. Se não são totalmente ideológicas, ou em sua totalidade, pragmáticas, possuem características comuns a ambas.

Vejamos.

Como deve se comportar um político?

Muito já foi dito a esse respeito, mas pouco foi tão bem dito como o que disse um certo florentino chamado Nicolau.

Tratado pejorativamente pelos incautos e pelos incultos, os ensinamentos de Maquiavel são tidos como abjetos, asquerosos, pútridos, quando são simplesmente humanos, antropológicos, sociológicos e psicológicos.

O tempo e o espaço em que foi concebido “O Príncipe” faz com que, hoje o vejamos com maus olhos.

Se bem observado e interpretado de forma tolerante, esse manual pode contribuir muito para o nosso correto entendimento de fatos bastante atuais.

O que de melhor deve fazer um candidato a príncipe?

Deixar-se ungir por uma poderosa liderança, isolando-se dos demais atores em cena? Ou já ungido, misturar-se aos contracenantes, fazendo com que eles criem consigo laços de companheirismo e amizade capazes de fundir os metais necessários para a confecção das boas armas da batalha?Não deveria ele fazer com que o líder que lhe ungiu dependesse dele mais que ele dependesse de seu ungidor? Manter esse vínculo indispensável, mas buscar vincular-se também a outros companheiros?

Sendo o único opositor capacitado a enfrentar os situacionistas, este outro candidato a príncipe deve agir exatamente igual àqueles a quem tanto critica, ou seja, de forma sectária, excludente, às vezes até messiânica…?

Qual deve ser a postura de um candidato a príncipe em relação aos políticos e ao povo? Deve tratar os primeiros com distância e os segundos como se fossem seus filhos queridos? Ou no caso do outro candidato, como se os políticos fossem meras peças de uma engrenagem capaz de levá-lo a conseguir o seu intento e o povo o combustível capaz de queimar para fazer mover essa máquina, algo que depois de usado evapora?

De quem deve se cercar um candidato a príncipe? De meia dúzia de convivas, pessoas que o isolem dos políticos e do povo?  Que dê a ele uma aparente segurança e tranquilidade, mas que não deixe entrar as corretas e indispensáveis percepções do mundo e sair de suas reais necessidades e seus anseios básicos, capazes de fazê-lo chegar aonde deseja?

Ou aquele candidato oponente está certo ao cercar-se por todos, ao aparecer sempre rodeado de gente, como se comungasse com aqueles de todas as coisas, quando na verdade, aquilo que está mais interno em si, não repassa a ninguém?

Tudo isso está dito e esclarecido no manual do Nicolau!

Poderia passar horas relacionando posturas e posicionamentos políticos que estão certos para uns e menos certos para outros, e ainda assim não se chegaria a uma conclusão sobre quais são os certos e verdadeiros e quais os errados e os falsos.

Se o que está contido nos ensinamentos antigos sobre o homem, sobre suas formas de ser e de agir, suas circunstâncias, e sobre as consequências destas não puderem ser adaptados e utilizados nos dias de hoje, de nada valem para nós. Se nós não somos capazes de aprender uma lição que nos é ensinada há milhares de anos ou mesmo uma especifica que nos é doutrinada faz meio milênio, melhor largarmos esse ofício.

Em minha opinião, em termos de política, a diferença entre um indivíduo e o outro é mínima. Ocorre que só é possível se ter essa visão quando colocamos em perspectiva aqueles dois fatores citados no início de nossa conversa de hoje. O tempo e o espaço.

Esse nosso papo de hoje bem que poderia ter sido sobre física, mas como eu sou ruim em ciências exatas, fico mesmo com a política que pouca gente acredita ser ciência, que nada tem de exata e que pode nos dar a dimensão equivocada de sermos seres maiores do que realmente somos.

Semanas atrás, em uma conversa com amigos, disse que havia verdades insofismáveis e que uma delas era que em termos de política, mais sucesso tem quem erra menos, pouco importando se em qualidade seus acertos são relevantes. Em política um acerto é pura casualidade, pois o universo político conspira contra o certo. O erro é comum.

Estamos vivenciando isso. Estamos em um imenso jogo de erros. No final, vencerá quem errar menos!

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Deputados mostram novo ânimo com Lobão

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jotapintoRefratária em relação à unidade do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) nas eleições de outubro, a bancada governista na Assembleia Legislativa mudou de ânimo em relação ao desfecho do pleito. Para parlamentares como Eduardo Braide (PMN), Rogério Cafeteira (PSC), Alexandre Almeida (PTN) e Jota Pinto (PEN), o senador Lobão Filho (PMDB) teve as condições de unir o grupo e tem também condições plenas de vencer o pleito.

“Nós vamos ganhar a eleição. O clima já é outro na bancada. O entusiasmo e a vontade de encarar a disputa do senador Lobão Filho contagiam toda a bancada”, ressaltou um entusiasmado Cafeteira, na quinta-feira, após conversa com o candidato, em Brasília.

A mesma opinião já havia sido manifestada por Alexandre Almeida, na quarta-feira. “O clima é outro. O grupo ganhou as condições de vencer a eleição. Meus aliados nos municípios mostram-se empolgados com a campanha”, frisou Almeida.

Na sexta-feira, foi a vez do deputado Jota Pinto. Presidente do PEN, ele reuniu os correligionários na sexta-feira, após conversa com Lobão Filho, em Brasília. Pinto foi um dos articuladores da provável ascensão do suplente de senador Pastor Bel, ao mandato. Bel deve assumir no período de campanha, quando Lobão Filho deve tirar licença.

eduardobraide“O senador Lobão Filho deu as condições para o nosso partido. E certamente estaremos com ele nas eleições”, disse o deputado.

Ainda na segunda-feira, dia seguinte ao anúncio de que Lobão Filho seria o candidato a governador, Eduardo Braide já mostrava o mesmo entusiasmado depois replicado pelos colegas de Assembleia. “O Lobão Filho teve uma vantagem: ele não deixou o espaço vazio e ocupou o vácuo como candidato. E isto teve uma repercussão imediata. Certamente, qualquer pesquisa espontânea, hoje, já terá reflexos da presença dele no pleito”, avaliou o parlamentar.

O curioso é que todos estes deputados mostravam-se reticentes em relação às condições do grupo vencer o pleito de outubro. Esta percepção mudou em apenas uma semana.

O Estado

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Falta documentação prejudica árbitros do MA

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A ausência dos árbitros maranhenses nas escalas para a primeira rodada das Séries “A” e “B” tem uma explicação.

A Corregedoria da CBF já informou ao presidente da Ceaf, Marcelo Filho que existem documentos pendentes dos árbitros.

Vejam só. Faltou a FMF encaminhar uma simples documentação à CBF. Assim que essa documentação for enviada, os nossos árbitros estarão aptos.

Assim é complicado…

documentacao

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Do impacto ao entusiasmo

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lobaofilhoPoucas vezes a história política recente registrou um cenário pré-eleitoral tão movimentado como o que aconteceu no Maranhão desde o último domingo, quando estourou a maior bomba política do ano: a desistência do ex-secretário Luis Fernando Silva e a escolha do senador Lobão Filho para pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado.

O impacto inicial causou perplexidade e entrou na crônica política como uma reviravolta espetacular. Inicialmente, a mudança causou forte burburinho, mas à medida que as horas foram passando e o senso de realidade se reacomodando, a reação inicial virou discussão forte e daí ganhar a forma de entusiasmo e euforia. Assim, em pouco mais de duas semanas,

Lobão Filho saiu de uma discreta posição de senador suplente para o epicentro da ciranda política pré-eleitoral, primeiro como pré-candidato a senador e finalmente como pré-candidato a governador. Lobão Filho revelou ter aguçado tirocínio político.

Entrou no cenário de decisões majoritárias com o desembaraço das raposas experimentadas e usou seus recursos – a condição de senador, herdeiro de um expert em política, empresário bem sucedido e chefe de uma família ajustada e, principalmente, expoente da geração que tem agora o desafio de comandar o estado – e sua estatura – quase dois metros, vozeirão, discurso afinado e recheado de frases bombásticas, atleta que não bebe nem fuma e disposto a encarar e enfrentar qualquer adversário.

Os que achavam que se tratava de um “balão de ensaio” perderam feio. Ele entrou equilibrado, falando em nome do grupo e disposto a consolidar sua candidatura conversando com a base.

Vem agindo como candidato a líder, trazendo como suporte o aval da governadora Roseana Sarney, do ministro Edison Lobão, do senador João Alberto, que fazem e comandam o PMDB, contando também com o apoio de deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores, num movimento que só cresceu desde a manhã de domingo, 6 de abril. Entrou na guerra como a esperança do seu grupo e o pesadelo dos adversários.

Coluna Estado Maior/ O Estado

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Bairros limítrofe com São Luís serão asfaltados

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gilcutrim

O prefeito Gil Cutrim (PMDB) visitou, na sexta-feira (11), bairros ribamarenses localizados na chamada região limítrofe com a capital São Luís. Na oportunidade, Cutrim, acompanhado do vice-prefeito Eudes Sampaio (PT do B); vereadores e várias outras lideranças políticas e comunitárias da cidade, conversou com os moradores, ouviu suas reivindicações e anunciou novas obras de pavimentação.

“Os trabalhos de asfaltamento serão custeados com recursos de convênio firmado entre a Prefeitura e o Governo do Estado. A parceria institucional já foi formalizada e os recursos garantidos. Serão novas obras que irão beneficiar os moradores de localidades desta região do município”, afirmou Gil Cutrim.

Serão pavimentadas vias do Cohabiano II (Avenidas 09 e 10; Ruas 05 e 06; além da Avenida Projetada), Cohabiano X (Rua Nossa Senhora da Conceição), Villagio do Cohatrac (Rua 11), Jardim Araçagi (Ruas 26 e 28), Novo Cohatrac (Ruas 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09 e 10) e Alto do Itapiracó (Rua Professor Nascimento de Moraes, Rua Costa e Silva e Avenida Itapiracó). As autorizações para o início dos serviços nestas localidades serão dadas em breve.

Foto: Oswaldo Ceará

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