Com quatro meses de atraso, o PT no Maranhão formou sua executiva e o diretório estaduais. Com isso, a legenda conseguirá dar início às discussões sobre a linha a ser seguida para as eleições de outubro.
Por decisão da direção nacional – após recursos contra o resultado do PED em 2013 -, as vagas da executiva e do diretório foram divididas igualmente entre a chapa do presidente reeleito, Raimundo Monteiro, e as demais que participaram do processo eleitoral petista.
Nessa divisão, ficaram 25 vagas para o grupo de Monteiro e 25 para os demais grupos dividirem, conforme percentual de votação completando 50 membros. Com mais as vagas de presidente e de líder da bancada na Assembleia Legislativa – a deputada Francisca Primo -, o diretório ficou constituído com 52 membros.
Esses escolhidos se reuniram e definiram quem deveria compor a Executiva Estadual, que tem 16 vagas. A mesma lógica do diretório foi usada na executiva e assim as vagas foram divididas igualmente entre a chapa de Raimundo Monteiro e as demais chapas. Também foram divididas as 260 vagas de delegados, que são os que têm direito a voto no PT.
Vantagem – Com essa divisão, a vantagem ficou com o grupo de Raimundo Monteiro, que defende a tese de manutenção da aliança do PT com o PMDB. O presidente tem a maioria tanto no diretório quanto na executiva.
Isso é possível porque os membros da direção estadual aliados tanto de Raimundo Teixeira quanto de Rodrigo Comerciário (ambos foram candidatos a presidente da legenda no PED) defendem posições do PT iguais a que o grupo do presidente.
Isso ocorre da mesma forma com os delegados. Monteiro tem 130 do seu grupo e soma com os votos ainda dos delegados do grupo de Comerciário e Teixeira, o que lhe dá maioria.
Com isso, ganha mais força primeiro a tese de que o PT deve compor com outros partidos nas eleições de outubro derrotando assim a tese de candidatura própria, defendida principalmente pelo candidato derrotado no PED, Henrique Sousa, e que passou a ser defendida também pelo vice-presidente da legenda, Augusto Lobato, que inicialmente defendia a tese de aliança com o PCdoB para apoiar o presidente da Embratur, Flávio Dino. E segundo de que essa aliança deve ser com o PMDB e não com o PCdoB.