Com a confirmação de casos de sarampo nos estados do Ceará e Pernambuco, a Prefeitura de São Luís desenvolverá uma campanha emergencial de vacinação. As ações de imunização serão realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em parceria com a Vigilância Sanitária estadual. Na capital maranhense, estão asseguradas a disponibilização de 79 mil doses para serem aplicadas em crianças de 6 meses até os cinco anos.

Apesar de não ter sido registrado nenhum caso em São Luís, o trabalho visa prevenir a chegada da doença no estado, uma vez que 61 casos já foram registrados no Ceará e quatro em Pernambuco. Vale lembrar que esta era uma doença considerada erradicada no país.

Além da campanha, foi discutida em reunião na Vigilância Sanitária estadual com os demais secretários municipais de saúde e coordenadores da Região Metropolitana, a intensificação das ações de imunização contra o sarampo na vacinação de rotina, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

O Ministério da Saúde recomenda uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade. O sarampo é uma doença de elevada transmissibilidade que pode acometer crianças e adultos. A transmissão ocorre de uma pessoa para a outra, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, ao espirrar, ao falar ou respirar. O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes, ou até quatro dias após o aparecimento dos sintomas, sendo o período de maior transmissibilidade, dois dias antes e, dois dias após o início da doença.

“Existe uma orientação do Ministério da Saúde para que seja iniciada uma campanha de prevenção, antes do Carnaval, com intuito de deixar todas as crianças das capitais e regiões metropolitanas do Nordeste, entre seis meses e cinco anos, imunizadas contra o sarampo”, disse a secretária de Saúde, Helena Duailibe. A previsão é que a vacinação se inicie no dia 24 de fevereiro e se estenda até 14 de março.

Helena Duailibe ainda falou que não há perigo de uma epidemia da doença na cidade, uma vez que o sarampo é considerado controlado no estado, diante dos números de doses aplicadas anualmente, fora o fato que uma ampla campanha estar pronta para prevenir qualquer incidência de sarampo na cidade.